Aberto I Encontro Sergipano de Literatura de Cordel
Foi aberto na Biblioteca Publica Epifânio Dória, o I Encontro Sergipano de Literatura de Cordel. A solenidade de abertura, presidida pelo Secretário de Estado da Cultura, Luiz Alberto dos Santos, aconteceu na noite da última quarta-feira, com a reabertura da Sala de Cultura Popular ‘Manoel d’Almeida Filho", e contou com a participação de cordelistas de Sergipe e convidados de outros Estados do Nordeste, professores e pesquisadores.
A Sala de Cultura Popular dispõe de um acervo composto por 600 títulos de obras de Literatura de Cordel, além de xilogravuras, fotografias e discos, destacando a história das manifestações populares. Contém ainda publicações do cordelista Manoel d’Almeida Filho e obras de cordelistas famosos como Rodolfo Coelho Cavalcante, Leandro Gomes de Barros e João Martins de Ataíde, entre outros.
O Encontro prossegue até sexta-feira, com palestras, oficinas, apresentações de cordelistas e emboladores. Nesta quinta, 16, a programação foi aberta com a palestra proferida pelo pesquisador Jackson da Silva Lima, sobre o tema "Literatura de Cordel em Sergipe", tendo como debatedor o cordelista Gilmar Santana Ferreira, o único sergipano a participar da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Em seguida foi iniciada a declamação de cordel, com ‘Zezé de Boquim’, Ronaldo Dória e ‘Zé Antônio’.
Programação
A programação desta sexta-feira é a seguinte:
8h30min – Palestra sobre o tema "O Cordel no Nordeste, no Brasil e no Mundo", com o conferencista Gonçalo Ferreira da Silva;
10h30min – Palestra sobre o tema "A Voz do Cordel na Sala de Aula", a ser proferida pelo professor e cordelista baiano, Antônio Barreto, seguida do debate coordenado pela pedagoga e cordelista sergipana Izabel Nascimento;
11h – Declamação de cordel com as participações dos cordelistas sergipanos ‘Chico Lúcio Gauchinho’ e Wilson dos Anjos.
A programação será encerrada com as apresentações dos emboladores sergipanos ‘Beto do Pandeiro e ‘Léo Embolador’.
Na solenidade de abertura do Encontro, o Secretário Luiz Alberto afirmou que a Literatura de Cordel passa por um momento de graça e está se renovando na sua temática como também com o aparecimento de diferentes nomes de escritores jovens. "O cordel não morreu. No momento há uma explosão na área da poesia cordelista", completou o secretário da Cultura.
A Literatura de Cordel nasceu na península ibérica, na França e na Espanha, chegando ao Brasil através dos portugueses, onde se desenvolveu no nordeste contando a saga do povo sertanejo. Para o presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, a força do cordel no Nordeste tem um significado histórico. Em sua opinião, foi a literatura do cordel que ensinou o Nordeste a ler. "Neste sentido a sua importância foi tão grande que ela só perdia para a Bíblia, o nosso livro sagrado. À época, era chamada de "professor folheto", daí a sua relevância no contexto das expressões culturais do país".
Ele disse que a Secretária de Estado da Cultura ao promover a realização do Encontro Sergipano de Literatura de Cordel, estabelece um ponto de resistência em apoio ao movimento de difusão e incentivo aos novos produtores.
Onde: Biblioteca Pública Epfânio Dória
Rua Dr. Leonardo Leite, s/n (antiga Vila Cristina), Bairro 13 de Julho – Aracaju.
Mais informações pelos telefones: (79) 3179-1907 e (79) 3179-1935
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