Grupos folclóricos vão participar do Desfile de 7 de Setembro
A diversidade e a riqueza do folclore sergipano serão enfocadas na Avenida Barão de Maruim, durante o Desfile Cívico-Militar do dia 7 de Setembro. Serão 11 grupos folclóricos que se apresentarão interagindo com o público, com seus ritmos, cânticos, cores e rimas construídas através da sabedoria popular expressa nos folguedos.
Segundo o chefe do Cerimonial da Secretaria de Estado da Educação (SEED), Almir Garcez, o carro temático que abrirá o cortejo folclórico será o terceiro a entrar na avenida e representa o folclore sergipano com seu sincretismo religioso, crenças, folguedos e danças.
"Esse carro será composto por peças do folclore nacional e nordestino, como igrejas estilizadas, estandartes de bumba-meu-boi, do afoxé, do lambe-sujo, do tambor de crioula, além de alusões a procissões, candomblés, festas populares, culminando com o forró, representado por quadrilhas juninas, agregando o cosmopolitismo sergipano tão natural em nossa região", explicou.
De acordo com o professor Fernando Aguiar, a cultura popular é a alma e a identidade de um povo. "No desfile do Dia 7 de Setembro, o folclore sergipano estará representando o encontro do mundo europeu com o africano e ameríndio, em uma celebração da vida em forma de liberdade, independência e brasilidade", disse o professor, que é estudioso do folclore sergipano.
O objetivo da Secretaria de Estado da Educação com essa proposta é estimular a noção de identidade cultural na comunidade escolar e na sociedade, através da valorização das manifestações folclóricas sergipanas, despertando para importância da manutenção dos grupos vigentes em diversas partes do Estado.
Vão desfilar nesta sexta-feira os seguintes grupos
Guerreiro
De alagoas, o folclore sergipano incorporou o Guerreiro que, desmembrado do reisado, herdou a linha melódica em louvor ao nascimento do Deus menino, no ciclo natalino. Representado pelo Guerreiro de Siririzinho.
Reisados
De Portugal, Sergipe incorporou o reisado, que no ciclo natalino homenageia o nascimento de Jesus e os Reis Magos. Sendo um folguedo conduzido por dois cordões, o azul e o encarnado, com a presença do Mateus, a dona do baile e o boi malhado. Vão se apresentar os reisados de Dona Ana e 12 Estrelinhas, de Laranjeiras e o último da Irmã Caridade, de São Cristóvão.
Coco
As Caceteiras de seu Rindú de São Cristóvão, que no embalo do coco e com sua cadência bem marcada, lembra os ritmos contagiantes dos antigos maracatus.
Cacumbis
Da África vieram os Cacumbis, variantes de congo ou congadas, onde os seus brincantes entoam louvores a São Benedito e a virgem do Rosário, sendo aqui representados pelo Cacumbi Mirim de Laranjeiras.
Batalhões
Do ciclo junino tem os Batalhões, cujo ritmo marcante do samba de coco, a pisada dos tamancos e o balanceio dos brincantes com seu cortejo brejeiro. Suas roupas estampadas levam os homens a mostrar a sua destreza com os bacamartes. Representados pelos Batalhões de Rosário e de Santo Amaro.
Peneirou Xerém
As emboladas de coco do grupo Peneirou Xerém, do Conjunto Castelo Branco de Aracaju, integram as manifestações empolgantes de origem junina.
Bonecos Gigantes
Os bonecos gigantes manipuláveis de São Cristóvão, representando personagens históricos da antiga capital sergipana e da cultura popular local.
Pernas de Pau
Da arte circense medieval surgem os Pernas de Pau de Santo Amaro, que, com equilíbrio e empolgação, representam o elemento europeu, o índio, o negro, a natureza e as águas de Oxalá.