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Eesta semana, comissários do Poder Judiciário realizaram novas rondas sociais com o intuito de coibir a permanência de crianças e adolescentes das ruas da cidade, sendo mais uma das ações da Campanha `Não Dê Esmola, Dê Cidadania´, criada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), órgão responsável pela formulações de políticas públicas no atendimento de crianças e adolescentes, para conscientizar a população de que o gesto de dar esmola só atrai este segmento para as vias públicas.

As rondas sociais foram executadas por comissários, que atuam na 16ª Vara da Infância e da Juventude do Poder Judiciário, com acompanhamento da Guarda Municipal. Nas últimas rondas, os comissários percorreram as praças Olímpio Campos, Fausto Cardoso, General Valadão e os calçadões das ruas João Pessoa, Laranjeiras e São Cristóvão. Por último, o grupo visitou a área do Mercado Thales Ferraz.

Nestes locais, algumas crianças foram abordadas e detectou-se também a permanência de uma mulher, expondo seu filho de colo, acomodado em um carrinho de bebê, pedindo esmolas. Ela estava na praça Olímpio Campos, ao lado da Catedral Metropolitana, em pleno sol. As crianças e também a mãe foram encaminhadas para a Central Permanente de Acolhimento do Programa Acolher: Das Ruas à Cidadania, executado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), onde receberam os devidos encaminhamentos feitos por educadores sociais do Programa e também por conselhos tutelares dos cinco distritos, que se revezam em esquema de plantão para atender as demandas encaminhadas pelos comissários.

Nesta segunda etapa da Campanha, os coordenadores perceberam que houve uma redução significativa no fluxo de crianças e adolescentes em situação de mendicância pelas ruas da cidade e que a população está mais consciente do seu papel social, enquanto cidadãos. A Campanha também ganha a simpatia da população. "Acho esta ação correta de retirar essas crianças das ruas", comentou o vigilante José Adriano Santos. "Aqui nas ruas, eles estão na escola da criminalidade. Tem mesmo que chamar os pais à responsabilidade, porque criança é para estar na escola e não mendigando, cheirando cola ou roubando. Moro em Riachuelo e parabenizo a Prefeitura de Aracaju e a todos que fazem parte dessa campanha", complementou o vigilante.

"Fico feliz em saber que existem pessoas fazendo alguma coisa pelas nossas crianças, principalmente aqui na área do Mercado Central, onde meninas na faixa etária de quatro a 11 anos estão mendigando", comenta a garçonete Solange Silva Santos. "Na maioria das vezes, elas sofrem exploração sexual. Os pais são os verdadeiros culpados pela falta de responsabilidade, porque criança tem que estar estudando e não jogada nas ruas para levar sustento para a família. Mais uma vez parabéns a todos que estão nessa Campanha", complementou.

Para o coordenador do Comissariado, Joel Chagas Lima, a Campanha vem fortalecendo as ações dos órgãos para retirar crianças e adolescentes das ruas da cidade. "O papel do Juizado da Infância, essencialmente, é buscar a proteção da criança e do adolescente em situação de risco social e pessoal, como prevê o estatuto da Criança e do Adolescente", explica. "Temos consciência que o município faz a sua parte, executando as políticas públicas e que muitos meninos e meninas estão inseridos nos programas sociais da Prefeitura de Aracaju e, mesmo assim, os pais ou responsáveis colocam os seus filhos em risco", analisa.

O supervisor da Guarda Municipal, Everton Gonzaga dos Santos, enfatizou sobre a importância da Guarda estar acompanhando as Rondas Sociais realizada pelos comissários. "O Governo Municipal está dando uma oportunidade a todas as famílias e sabemos que a responsabilidade primeira é dos pais, pois muitos colocam os seus filhos para mendigar, colocando essas crianças em situação de risco, perambulando pelas ruas, se envolvendo com outras pessoas adultas e acabam sendo exploradas", diz.

A representante do Juizado da Infância, Maria de Fátima Silva de Oliveira, que tem acompanhado o trabalho desde o início da Campanha, observou que a população está modificando seu comportamento quanto à questão, assim como percebeu que o fluxo de crianças em trajetória de rua, principalmente no centro da cidade, tem diminuído bastante. "Esta é uma ação muito boa. A gente já não vê tantas crianças perambulando pelas ruas. Sabemos que muitos são oriundos de outros municípios e um dos fatores que contribui para a permanência de crianças nas ruas é a falta de compromisso dos pais, que utilizam os seus filhos para mendigar e estas crianças se tornam provedoras da família, caracterizando a exploração do trabalho infantil", comenta.

Maria de Fátima explica que o trabalho do Juizado da Infância, nessa ação, é proteger, aplicar medidas de proteção em benefício da criança como da própria família, chamando os pais à responsabilidade.

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