[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), mantém em funcionamento o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP). Localizado na rua Vila Cristina, no bairro São José, o Centro tem o objetivo de garantir aos deficientes visuais o acesso a recursos específicos a seu atendimento educacional, priorizando o Ensino Fundamental da rede pública, atendendo também a Educação Infantil e o Ensino Médio.

Há oito anos em funcionamento, o CAP possui 23 funcionários, sendo 13 pedagogos, um estagiário e o restante são pessoas do setor administrativo. Os cursos acontecem nos horários das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30. Primeiramente, é feito o cadastro na instituição; depois, o deficiente visual passa por uma avaliação pedagógica, quando são observados o laudo médico e o histórico de vida, para verificar em qual setor será encaixado. Logo depois, é iniciado o processo de alfabetização.

De acordo com a coordenadora do CAP, Margarida Teles, cerca de 128 pessoas freqüentam regularmente o CAP. “A instituição oferece apoio aos alunos do ensino regular, através da confecção de material didático e alfabetização (leitura e escrita) no sistema Braille, e ensina Matemática através do instrumento Sorobã, que é apropriado para fazerem operações matemáticas. Temos um total de 60 pessoas com perda total da visão”, informou.

Ainda conforme Margarida, além das técnicas de comunicação em Braille, os alunos participam de aulas de educação física adaptada, orientação e mobilidade, música, terapia e natação. “Todas as atividades são importantes dentro do processo de alfabetização; elas formam um conjunto, uma complementa a outra. A educação física ajuda a ter noção de espaço, a música é o espaço de inclusão e integração, a arte ajuda no desenvolvimento tátil e a mobilidade proporciona ao aluno independência e autonomia”, relatou.

A professora de Orientação e Mobilidade, Maria Eci, que trabalha há cinco anos no CAP, acredita na função eficiente da atividade. “Eles se sentiam incapazes. Hoje, com o auxílio da bengala, existem deficientes que vêm sozinhos para o Centro. Claro que eles vão precisar de ajuda em algumas situações, mas a autonomia é algo muito particular, da pessoa mesmo. Não adianta saber ler, escrever e não poder andar só, ser independente, ter autonomia”, salientou.

Mais de 400 pessoas já passaram pelo CAP. Atualmente há 128 alunos com freqüência regular, entre eles Reinaldo Varela, 57, que após ter aprendido a arte de tocar passou a ser professor voluntário. “Nossa missão é ajudar o próximo. Entrei aqui e tive a orientação do professor, agora ensino àqueles que estão começando. É uma satisfação muito grande, nós estamos sempre aprendendo uns com os outros e quando tenho dúvidas pergunto”, colocou.

José Carlos, 40, também aluno do CAP, demonstra motivação com as aulas. “Quanto mais eu aprendo mais satisfeito fico, porque aprendendo eu ensino aos colegas. Eu freqüento o CAP há três anos. Depois que cheguei aqui eu me senti muito bem, porque aprendi o Braille, agora estou aprendendo teclado. Pratico esporte também e inclusive vai ter uma olimpíada aqui no CAP. Vou disputar o jogo de dama e vai ter dominó também, será nos dias 20, 21 e 22 deste mês”, comentou.

A satisfação em contribuir com um pouco de alegria é visível nos olhos da professora de Alfabetização e Educação Infantil, Maria Gleide da Cruz. “Trabalho aqui faz três anos, mas infelizmente estou me aposentando. Estou me sentindo realizada, porque era um sonho meu trabalhar com essas crianças. Esse trabalho da Prefeitura é muito proveitoso para mim, para as crianças e os familiares delas”, desabafou.

A avó de João Pedro, Márcia Melo, 43, também concorda com a importância do trabalho desenvolvido pela PMA. “Eu acho maravilhosa essa iniciativa da Prefeitura. Nunca pensei que teria uma criança especial em minha família e quando fiquei sabendo do CAP vim da Bahia para pedir ajuda e fiquei encantada com o Centro. Ainda quero encontrar com o prefeito Edvaldo para dar um abraço bem forte nele”, falou entusiasmada.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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