[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Especial: adjetivo que significa “peculiar, único, original”. Essa é a palavra que melhor define a tarde da última quarta-feira, dia 20, no Arraial do Forró Caju, na Passarela das Flores, no mercado municipal. Na ocasião aconteceu o Terceiro Forró Doce Caju, projeto coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), que dá aos Portadores de Necessidades Especiais (PNEs) a oportunidade de inclusão social e exercício da cidadania por meio da cultura.

Os portadores com síndrome de Down e deficiência motora, visual ou auditiva, que são cuidados por instituições locais, puderam manifestar suas habilidades artísticas e culturais, participando ativamente dos festejos quando se comemora os santos Antônio, João e Pedro, e demonstrando que nenhum tipo de limitação é impedimento quando se trata de felicidade e diversão. Um grande público se reuniu para prestigiar as apresentações de quadrilhas, danças e corais nesse belo momento que deixa uma marca de doçura no Forró Caju, a maior festa junina e popular do país.

Garantir o direito ao lazer e a inclusão social por meio da participação ativa nas manifestações culturais não é só colocar em prática o que a lei determina para os portadores de necessidades especiais, mas é reconhecer a importância dessas pessoas que se superam a cada dia, formando assim uma sociedade mais justa.

Cultura é um direito de todos e os portadores de necessidades especiais não pode ficar de fora. Em geral, eles são ´esquecidos´ por diversos setores da sociedade, mas não pela Funcaju e pela Prefeitura de Aracaju.

Vilma Rabelo, diretora da Divisão de Esportes Adaptados da fundação e coordenadora da terceira edição do Doce Caju, luta para colocar em prática esse direito. “Nós buscamos fazer a inclusão desses grupos em todas as atividades da Funcaju, seja nas corridas, no Projeto Verão e também no Forró Caju. É importante trazer essas instituições e colocar todos para participarem desses eventos. Cultura e diversão é um direito de todos, por isso que eles estão aqui fazendo parte desse grande evento”, afirma Vilma.

Programação animada

Ao som de um contagiante trio pé-de-serra, apresentações de quadrilhas e casamento na roça fizeram parte da tarde que foi uma animada brincadeira tanto para os ansiosos participantes que esperavam para apresentação de suas performances, quanto para os convidados que lotaram a área da festa.

Além das quadrilhas Bom Balanço, Milho Verde, Nise da Silveira, Pé no Choro, Rosa Azul, Apaixonados da Roça, Na sola da bota, Iluminando, dentre outras, e do Grupo de dança Canto e Encanto dos Caps Visual, aconteceu a apresentação do Coral Mãos Falantes (EMEF Oscar Nascimento).

Diversas instituições participaram do evento, dentre elas, Escola Estadual Poeta Garcia Rosa, Escola Francisco Portugal, Espaço Nise da Silveira – Projeto Luz do Sol, Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Arthur Bispo do Rosário, Caps Parque dos Faróis e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae – Aracaju).

De acordo com Nicélia Santos, da Escola Estadual Francisco Portugal, a quadrilha ficou ensaiando durante dois meses e os participantes estavam eufóricos com a chegada do dia da apresentação. “Acredito que essa iniciativa é ótima porque estimula eles a fazerem parte de algo importante. Além do que, a dança é um bom exercício, que ajudar a coordenar o trabalho motor”, afirma.

Pedagoga e professora do Caps Parque dos Faróis, Simone Gomes, contou que para a participação da quadrilha no Forró Doce Caju, foi criada uma oficina de dança, que buscou dar aos alunos o condicionamento físico necessário para fazer a apresentação. “Essa inclusão no Forró Caju faz com que eles se sintam valorizados e importantes. Acredito que esse tipo de trabalho deve ser feito em outros eventos que a prefeitura e a Funcaju promovem”, comenta.

Acompanhando deficientes visuais estava Clotilde de Vasconcelos, que acha a iniciativa excelente. “Essa oportunidade é fantástica e o melhor é que deixa essas pessoas felizes por se sentirem parte da sociedade”, destaca.

Estímulo

O Doce Caju estimula as potencialidades artísticas e afetivas dos participantes, além de incentivar o intercâmbio entre as instituições que fazem parte do evento, e também dos familiares e da comunidade de uma forma geral. A possibilidade de inclusão por meio de atividades diferentes das realizadas na instituição é de extrema importância.

O desenvolvimento de pessoas com necessidades especiais se dá por meio de fases, e isso ocorre quando se faz a interação da mesma com o meio que a rodeia. Estimular a confiança, a autonomia e a iniciativa é muito importante para que essas pessoas possam projetar e alcançar metas, possam reconhecer e aceitar as mudanças que lhes trouxeram a doença, mostrando assim que eles não estão sozinhos e que há multidões de atividades que eles podem seguir para ter uma melhor qualidade de vida.

Júlia, conhecida também como Xuxa, trabalha com serviços gerais na Funcaju e é atendida pelo Caps. Exemplo de superação e símbolo de alegria diária na fundação, ela participou da quadrilha do Arthur Bispo do Rosário. “Estou muito orgulhosa por fazer parte desse evento. Ensaiamos bastante e nossa apresentação foi linda. Acho importante dar oportunidade para mostrar que somos capazes de realizar coisas bonitas e de fazer parte da sociedade de uma forma ativa. Tudo o que produzimos dentro das instituições que nos atendem merece ser visto por todos. Estou me sentindo muito feliz hoje”, comemora.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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