[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A música regional da banda sergipana Naurêa e do pernambucano Silvério Pessoa atraiu um grande público alternativo na noite de ontem, segunda-feira, na praça do Mercado Thales Ferraz. Entre eles, estudantes universitários e admiradores dos ritmos que misturam zabumba, triângulo e arrasta-pé.

A Naurêa abriu os festejos da noite com as antigas canções que consagraram a banda. O músico Alex Sant´Anna, comentou sobre a tradicional participação da banda na programação do Forró Caju. “Mais uma vez é muito prazeroso subir ao palco Luiz Gonzaga para tocar no Forró Caju”, disse o cantor. Alex contou que o improviso é a marca do show da Naurêa. “Fizemos vários improvisos e ficou muito bacana. E o público nos ajuda. É uma sinergia total”, disse emocionado.

Alex também comentou sobre a satisfação de dividir a programação da noite com o pernambucano Silvério Pessoa, músico pernambucano que defende a música regional e nordestina. “A gente fez esse lobby. Silvério participou do nosso segundo disco por Internet. Ele gravou na França e mandou o áudio. Além de participar da gravação de nosso DVD com Genival Lacerda”, explicou.

Cabeça Elétrica

Silvério Pessoa, que desde a infância teve contato com as manifestações culturais da região da Zona da Mata de Pernambuco, levou a riqueza nordestina para seu trabalho. Ele ressaltou a importância da valorização cultural de um povo e elogiou a seleção de bandas do cenário alternativo que se apresentaram no palco Luiz Gonzaga. “Este é o segundo ano que toco no Forró Caju. Adoro a cidade e o público sempre recebe com carinho”, comentou.

Silvério apresentou o repertório de seu último DVD, intitulado ´Cabeça Elétrica – Coração Acústico´ (2005). “Trago alguns clássicos de Jackson do Pandeiro reescritos de forma especial e com arranjos, além de minhas canções que afirmam a identidade da música nordestina”.

O pernambucano, que nunca esconde suas influências, faz questão de reverenciá-las, ao mesmo tempo que agrega novos elementos ao seu trabalho. “Fazemos parte de uma geração de novos compositores que interpretam uma forma atual de ouvir e ver a musica tradicional”. Silvério considera muito difícil conceituar seu trabalho. “Faço música tradicional a partir de acessórios atuais”, explica. “O público entende melhor ouvindo, vendo, do que classificando”, completa.

Cortejo de Pífano

A Banda Pífano de Pife surpreendeu a platéia durante o show de Silvério Pessoa. O grupo, composto por seis integrantes, surgiu cruzando os quatro cantos da Praça do Mercado Thales Ferraz. Entre eles, Mauá no triângulo, Fabrício no prato, Léo na caixa, Rato André na zabumba de Timbaúba, Tonico na zabumba e Pedrinho no pífano.

Há sete anos o grupo participa da festa com o intuito de resgatar alguns sons típicos do nordeste, especialmente do sertão e do agreste, que são reproduzidos pela banda de pífano. “O ritmo também é forro. As melodias são feitas pela flauta, chamada de ´pife´ ou ´pífano´. Só não usamos a sanfona, mas dá para brincar e dançar”, explicou Pedrinho.

O objetivo do grupo é promover uma interação entre as pessoas que freqüentam o Forró Caju. “O cortejo acaba atraindo algumas pessoas que ficam escondidas nos cantos desse grande espaço da festa”, disse o toador de pífano. Sobre a receptividade em relação á apresentação do grupo, Pedrinho comentou: “O público está acompanhando. É só alegria e aplausos”.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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