Comemoração junina movimenta CRAS mantidos pela Semasc
Durante a semana, crianças, adolescentes e idosos se preparam para que as festas juninas sejam marcadas por um toque especial. Hoje à tarde, o folguedo acontece no condomínio Eucalipto, no clube Morada dos Bosques, com participação da comunidade atendida pelo CRAS Madre Tereza de Calcutá. Este ano, a festa terá um tema todo especial, com um tributo ao Rei do Baião Luiz Gonzaga. Todas as coreografias e apresentações teatrais, desenvolvidas com músicas e textos compostas pelo Mestre Luiz Gonzaga, foram ensaiadas no CRAS por 150 crianças e adolescentes, que vão abrilhantar a festança na tarde de hoje.
Durante os ensaios, não faltou entusiasmo. O sorriso estampado nos rostos das crianças e adolescentes atendidos pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) coloca para o esquecimento, nesta turma, um passado marcado pela exploração do trabalho. Em clima de integração e entretenimento, os idosos atendidos pelo Grupo de Convivência do bairro Jabotiana farão também suas homenagens a Luiz Gonzaga.
Dentro das atividades realizadas no Centro de Referência Madre Tereza de Calcutá, crianças e adolescentes descobriram-se talentosos. Dedicados à música, eles criaram o Afro-Peti, um grupo musical formado por crianças e adolescentes atendidos pelo Peti, que se interessaram pela música e ingressaram na Oficina Sócio-educativa, que proporciona aulas teóricas e práticas. Nesta Oficina, eles têm acesso a aulas de percussão e danças folclóricas, que são as principais atividades desenvolvidas pelos educadores sociais no CRAS.
O arte-educador Alberto Geraldo Nunes conta que cerca de sete danças folclóricas foram incentivadas durante as aulas no projeto, uma forma de preservar as raízes culturais do Estado. Nestas aulas, se destacam o São Gonçalo, Maracatu, Samba de Coco, Carimbó e muitas outras. O Afro-Peti é um sucesso na comunidade. Os garotos sempre são convidados para apresentações em vários lugares, o que tem incentivado a participação de muitos no projeto.
Entre os garotos é só felicidade. Gabriela Cristina Barbosa Vieira, 10, conta que antes de ingressar no programa catava papelão nas ruas da cidade e o projeto lhe mostrou novos horizontes. “Eu adoro as aulas de percussão e o Afro-Peti tem me dado momentos especiais tocando instrumentos. É o que eu mais gosto”, comenta.
Jonatah de Jesus Santos, 11, também atendido pelo Peti, revela que ajudava os pais realizando trabalhos variados nas ruas da cidade, mas depois que passou a integrar as atividades da Semasc sua vida ficou transformada, marcada por grandes avanços. Trabalhar já não faz parte de sua realidade. Foi no Centro de Referência, conforme assegura, que ele encontrou o verdadeiro sentido da infância, inclusive despertando-o para o amor aos livros. “O CRAS Madre Tereza de Calcutá tem me ajudado muito e eu gosto de participar de todas as atividades artísticas e das oficinas de leitura”, comenta o garoto.
Entre os diretores e educadores sociais que trabalham com estas crianças, o clima é de satisfação. Para a diretora do Centro de Referência, Maria Aparecida Gonçalves, estes projetos sociais são necessários para o desenvolvimento das crianças e adolescentes e tem contribuído para reatar os laços familiares. “É muito importante a presença da família, principalmente dos pais, para o bom andamento das atividades. Nós incentivamos a participação dos mesmos em todas as oportunidades de diálogo, que surgem no cotidiano”, acrescentou a diretora.
A assistente social Cyntia Silva dos Santos comenta os efeitos que as atividades desenvolvidas produzem. “Além de acolher as famílias, programar e realizar reuniões com os pais e os educadores, são realizadas visitas domiciliares para orientar e também convidar as famílias a participarem dos projetos”, observa Cyntia.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]