Centro de Referência da Assistência Social serve de elo entre as políticas sociais e a comunidade
São crianças e adolescentes que trocaram as ruas e a exploração do trabalho pela jornada ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), e também atuam nas atividades do Projeto Um Canto em Cada Canto, realizado para ampliar o atendimento àqueles inclusos no Peti e no Programa Agente Jovem.
Ali, a comunidade participa do Programa de Inclusão Produtiva, que disponibiliza cursos profissionalizantes especialmente para as mães das crianças e adolescentes atendidos pelos projetos e programas sociais executados pela Prefeitura Municipal de Aracaju por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), com o objetivo de oferecer oportunidades e abrir caminhos para que elas possam desenvolver seus trabalhos e ampliar sua fonte de renda.
O CRAS atende a cerca de 200 pessoas entre crianças, adolescentes e idosos e ainda capacita as mães dos jovens inclusos nos programas sociais. No mesmo local, é desenvolvido o Pró-Jovem, programa do Governo Federal e executado no município em parceria firmada pela Semasc com as Secretarias Municipais da Educação, de Saúde e do Senai. Os jovens atendidos possuem faixa etária entre 18 a 24 anos, que abandonaram a escola e hoje têm acesso às salas de aula para concluir o primeiro grau.
Para atender à demanda e oferecer oportunidades para ingresso no mercado de trabalho, a Semasc implantou no CRAS Carlos Fernandes de Melo um laboratório de informática, disponibilizando para os grupos atendidos dez computadores, onde diariamente a comunidade recebe aula de informática. “Pessoas das comunidades do Soledade e do Japãozinho procuram o nosso Centro de Referência para se encaixarem em nossos programas, participando das seleções e efetivamente de nossas atividades”, comenta Lindinalva Alves Nascimento, diretora daquele CRAS.
A alternativa de englobar os moradores de bairros vizinhos é bastante proveitosa e aplaudida pelos usuários. Neste esquema, os educadores sociais aproveitam, inclusive, para trocar experiências e se aperfeiçoam para melhor atender a necessidade daquela região. Mensalmente, o CRAS oferece palestras educativas para as mães beneficiadas pelos projetos, alertando-as sobre os riscos que muitas correm apenas por falta de informação. Violência sexual e doméstica, drogas e educação são temas que pautam os constantes encontros entre a comunidade.
A comunidade aplaude. “Este é o primeiro curso que faço, já trabalho com bijouteria, quero melhorar minha técnica e me especializar, pretendo fazer outros cursos”, comenta a dona-de-casa Geane da Silva Rocha, demonstrando satisfação com as atividades promovidas pelo CRAS. Dona Ana Lúcia da Silva Santos, moradora do Lamarão, possui filhos do Peti. “Sempre que eu sou chamada para algum encontro eu venho porque é importante participar”, disse.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]