[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A terceira versão do Projeto “Minha Vida Tem História” já nasce batizada pelo sucesso. Lançada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) ontem à tarde, no Teatro Tobias Barreto, o ato solene contou com um expressivo número de pessoas que prestigiaram a atuação dos jovens egressos dos programas sociais da Semasc, que darão agora a entonação da execução da terceira versão do Projeto, idealizado pelo jornalista Amaral Cavalcante e abraçado pela Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Semasc.

No ato solene de lançamento, o público acompanhou atentamente cada detalhe apresentado pela Companhia Dramática de Produções Artísticas (Comdrapa), formada por adolescentes egressos dos Programas Agente Jovem e Jovem Aprendiz, executados pela Semasc, em parceria com o Governo Federal, para atender adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.

Diversas gerações estiveram reunidas no Teatro Tobias Barreto, assistindo à peça “Lições de Sabedoria”, montada com base nas histórias narradas pelos idosos, atendidos pela Semasc e inclusos na segunda versão do Projeto “Minha Vida Tem História”, que foram publicadas em livro no ano passado. Ao todo, foram selecionados dez idosos que tiveram suas histórias representadas através da dramaturgia.

O público se emocionou diante da atuação dos jovens no Teatro Tobias Barreto. Para o aposentado Leopoldo Moreira Andrade, 87, um dos retratados no espetáculo, poder relembrar coisas do passado é algo inexplicável. “Não tenho palavras para mostrar toda minha emoção em poder relembrar minha vida de sofrimento e miséria. Lutei muito para criar meus filhos e para poder dar uma vida mais digna a eles. Chegar hoje aqui e receber uma homenagem como esta é muito gratificante”, desabafou.

Diversos jovens participantes dos programas sociais realizados pela Semasc também marcaram presença e prestigiaram o espetáculo. Estavam no teatro, acompanhando o lançamento do Projeto, crianças e adolescentes inclusos nos Programas Criança Cidadã, Agente Jovem, Um Canto em Cada Canto, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e idosos dos Grupos de Convivência, atendidos pela Semasc.

Para Ítalo Andrade Dantas, 13, a peça chamou muito a atenção porque contou a trajetória de vida de pessoas que sofreram muito. “Se eu conseguir chegar até essa idade, serei muito feliz. Eles são vitoriosos, porque superaram várias dificuldades”, comentou o adolescente.

Já André de Jesus, 14, revela que, de fato, recebe lições de sabedoria nas atividades realizadas pela Semasc. “Aprender a respeitar os mais velhos e a fazer escolhas com calma, para que no futuro não possa me arrepender do caminho escolhido, foram algumas das lições que aprendi”, comenta. De acordo com ele, os idosos são pessoas que devem ser respeitadas, porque fizeram parte da história da cidade. “Temos que aprender a dar mais valor a essas pessoas”, completou.

Outro que também teve a vida relatada no espetáculo, foi Antônio Cassemiro da Silva, 62. De acordo com ele, a partir de histórias reais contadas desta maneira são passadas lições de vida e sabedoria para as novas gerações. “Tudo isso faz parte do processo de educação dos jovens e a Secretaria de Assistência Social e Cidadania e a Prefeitura de Aracaju estão de parabéns por proporcionar esse momento”, afirmou.

O prefeito Edvaldo Nogueira acompanhou atentamente a peça teatral e afirmou que estava muito feliz em poder realizar algo de grande importância para os jovens e para os idosos da capital. “Precisamos cultuar aquelas pessoas que deram a vida e fizeram parte, cada um a sua maneira, do processo de construção da sociedade aracajuana”, disse. “O idoso é uma lenda viva de sabedoria, até porque já navegaram em um oceano inteiro de vida e precisamos prestar atenção nos conselhos sábios deles”, completou.

“Estou muito feliz por poder acompanhar o relato de vida de meu amigo. Ele sempre foi um guerreiro e batalhou desde cedo pelo sustento da família”, relatou o aposentado Antônio dos Santos, amigo de um dos homenageados na peça. Para Luciano de Deus Brito, o espetáculo faz jus ao nome e proporciona grandes lições de sabedoria. “Não existe presente sem passado. Temos que respeitar o passado para que possamos construir um presente e um futuro mais digno, aprendendo com a história de vida de cada um”, ressaltou.

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