A arte de fazer “cinema” foi tema de mesa redonda realizada ontem pelo NPD
Estiveram presentes à mesa redonda, Paulo Thiago, que é diretor de Orquestra dos Meninos (em fase de gravação), Laís Correa (atriz e preparadora de elenco), Daniel Flaksman (diretor de arte), Murilo Rosa (ator), Carla Monteiro (figurinista), todos integrantes das gravações do longa-metragem. Presidiu a mesa, Gabriela Caldas (coordenadora pedagógica do NPD), sob a coordenação geral da primeira-dama do município e coordenadora geral do Núcleo de Produção Digital, Indira Amaral.
Aberto ao público, o evento reuniu artistas de diversos segmentos, estudantes, profissionais de cultura e apaixonados pela sétima arte – O cinema. Com capacidade para 250 pessoas, o auditório da Sociedade Semear ficou lotado por interessados em conhecer mais sobre a arte de fazer e vivenciar cinema. Durante o debate, cada participante pôde expor seus conceitos e experiências em 15 minutos, sendo em seguida, aberto ao público para perguntas e questionamentos.
De acordo com a coordenadora pedagógica do NPD, Gabriela Caldas, esta é uma oportunidade de discutir a produção audiovisual em Sergipe, já que, a gravação de Orquestra dos Meninos (longa-metragem), está toda feita no Estado. “O evento de hoje marca o início das comemorações e ações que fortalecem o audiovisual em Sergipe. No dia 1º de novembro, teremos a inauguração do NPD. No dia 3, a pré-estréia do filme “Canta Maria”, e por fim, a exibição de mostras de curtas-metragens nacionais e internacionais”, comenta.
“Em um futuro próximo esperamos ter uma mesa redonda, debates e palestras, sobre o cinema sergipano. Com essa experiência, e outras que virão, ficamos cada vez mais estimulados para trabalhar pelo audiovisual em nosso Estado”, acrescenta Gabriela.
Segundo Indira Amaral, coordenadora geral do NPD, este é um desafio, pois o Estado está se abrindo para oportunidades. “O momento é de valorização da cultura, e Sergipe ganha com isso. A experiência de outros profissionais só vêm contribuir para produções de qualidade no futuro”, ressalta.
“Cinema é como reger uma orquestra, é uma arte de equipe, existem vários artistas, o importante é você acreditar no potencial de todos. Não se faz cinema com idéias tão definitivas, tudo é uma questão de adaptação, saber onde quer chegar é fundamental, ser objetivo. Esse é o mundo da arte e da fantasia, as coisas podem ser mudadas, mas com direção, com rumo. Para quem está no começo, o ideal é que vejam filmes, muitos filmes”, assegura o diretor de Orquestra dos Meninos, Paulo Thiago.
Ainda de acordo com Paulo, o longa-metragem começa a ser filmado na próxima sexta-feira em Sergipe, e passará pelas cidades: Aracaju, São Cristovão, Laranjeiras e Santo Amaro. Participam do filme em torno de 19 atores mirins (que nunca fizeram cinema anteriormente) e 22 atores adultos, todos sergipanos. O longa-metragem conta ainda com o apoio de 650 figurantes, e tem estréia prevista para início de 2008.
Para o ator e integrante do elenco, Murilo Rosa, o filme é uma mistura de política, jogo sujo, consequências da informação destorcida e maldosa, mas, acima de tudo, de esperança por uma vida melhor, por um país melhor. “Ele mostra a realidade, às vezes dura, mas também tem coisas boas, a coragem, a luta e a determinação do maestro Mozart Vieira em retirar crianças dos canaviais, e lhes dar uma oportunidade. Acho que toda cidade, toda capital tem que ter um cinema, um teatro, um NPD, tem que ter arte, pois esse é o ponto de partida”, completa.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- A arte de fazer “cinema” foi tema de mesa redonda realizada ontem pelo NPD – Fotos: Márcio Garcez