Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é lembrado por Conselho Municipal
A caminhada, que teve início na sede do Conselho Municipal, localizado na Praça Olímpio Campos, contou com a participação de membros da sociedade civil, entidades não governamentais, além da presença da equipe técnica da Estação Cidadania e da Semasc, alunos da Escolha Municipal Oscar Nascimento e adolescentes atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, (Semasc) por meio do Programa Criança Cidadã.
Com faixa, cartazes e apitos, os manifestantes tentavam demonstrar para a população que a pessoa com deficiência não é necessariamente um ser incapaz e que seus direitos devem ser respeitados. “Hoje o dia é sobre a gente. Eu não tenho vergonha de falar que tenho deficiência. As famílias não precisam ter vergonha de seus filhos, que têm deficiência. Estou aqui porque não quero direitos só para mim. Quero para todos”, afirmou Carlos de Almeida, que participou da caminhada por achar necessário defender os direitos da pessoa com deficiência. “Nós estamos convocando as pessoas com deficiência para reivindicar o seu direito. Queremos uma sociedade igualitária em todos os setores”, declarou Dilton Jorge, presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Portador de Deficiência.
Ainda de acordo com Dilton, a caminhada é uma forma também de conscientizar não só a pessoa com deficiência como também toda sociedade. “Precisamos conscientizar a sociedade que os direitos são igualitários”, revela Dilton. Para Rafael Santos, 14 anos, atendido pelo Programa Criança Cidadã, é muito importante participar de um ato como este. “É bom estarmos aqui hoje porque estamos dando apoio às pessoas com deficiência que não têm muitas oportunidades”, observa Rafael. De mesma opinião é Wonderson Maciel, de 14 anos, que também é atendido pelo criança Cidadã. “Apoiar esta causa é um bom motivo porque podemos ajudar a melhorar a vida dessas pessoas. Eu acho que esse negócio de preconceito já era, é coisa antiga, que não pode existir mais”, analisa o jovem.
Para Silvania Carvalho, professora da Escola Municipal Oscar Nascimento, que participou da caminhada ao lado de seus alunos, conscientizar a população é imprescindível. “A maior deficiência que estas pessoas enfrentam é o preconceito. Esta é a maior barreira que eles têm que superar”, observa a professora. Ela revela ainda que a Oscar Nascimento é uma Escola pioneira no município, realizando um trabalho inclusivo entre alunos com deficiência auditiva e alunos com audição normal. “Esta caminhada é importante porque estamos mostrando para a população que estas pessoas existem, que há uma grande diversidade de deficiências e que eles estão aqui hoje para brigar pelo seu espaço na sociedade”, declarou Edlene Dias da Silva, assistente social da ONG Rosa Azul, que também participou da caminhada.
Para Mamaceu Santos Pereira, que tem deficiência mental e participou da caminhada, este é um momento de exigir seus direitos. ”Existem leis que não são cumpridas. Por isso precisamos exigir isto dos nossos governantes”, desabafa Pereira. “Estamos aqui para ter vez e voz”, complementou Margarelya Raimundo, que também participou da caminhada.
A caminhada, que culminou com um ato público na praça Fausto Cardoso, despertou a atenção de pessoas que passavam e que trabalham no centro da cidade. “Eu estou muito de acordo com esta caminhada porque estas pessoas nem sempre têm seus direitos respeitados e isso precisa mudar”, comenta José Edvaldo dos Santos, que passava pelo centro e parou para ver a caminhada. “Não podemos aceitar que os carros parem nas rampas de acesso ou que estacionem em vagas reservadas. A maioria dessas pessoas não é contratada mesmo que tenha capacidade e isso é falta de respeito”, complementa.
O vendedor de Livros Marcos Vinícios Correia Nunes parou seu trabalho para aplaudir a caminhada. “Eu acho esta manifestação fantástica, sensacional e muito proveitosa porque faz com que as pessoas olhem mais para o deficiente. Temos que dar oportunidades a estas pessoas para melhorar a vida do próximo”, observa Marcos. “Eu acho que essa manifestação é uma boa forma de reivindicar direitos que nunca são cumpridos”, declarou Maria da Conceição do Carmo, que transitava pelo centro e parou para observar a caminhada.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é lembrado por Conselho Municipal – Fotos: Wellington Barreto