[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]“Não conto as vezes em que alguém já caiu daqui de cima. Não tem um mês que meu sobrinho caiu e rasgou toda a barriga porque tinha caco de vidro embaixo. Não temos direito à água encanada nem à luz. A gente quer sair daqui para viver num lugar decente. Cansei de ser tratada como rato”, diz revoltada Maria Cícera, 55 anos, que mora numa das centenas de palafitas da invasão da Coroa do Meio.
Maria Cícera é uma das 2.581 famílias que serão beneficiadas com o projeto Moradia Cidadã, uma iniciativa da Prefeitura de Aracaju que visa retirar moradores em área de risco e criar condições de saneamento básico, lazer e geração de emprego e renda. O projeto, que foi elaborado pela Secretaria Municipal de Planejamento – Seplan – tem como ponto de partida as áreas de invasão da Coroa do Meio, servindo como referência nacional para outros Estados. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano – Sedu – ligada ao Governo Federal, aprovou o programa da prefeitura com louvores, no último dia 20 de junho.
Recursos da ordem de R$ 12,7 milhões de reais serão investidos a fundo perdido nessa área. Ou seja, a prefeitura não vai pagar pelo empréstimo do Banco Interamericano de desenvolvimento – BID.
Três faixas foram colocadas em vários pontos da Coroa do Meio em apoio ao projeto Moradia Cidadã e ao prefeito Marcelo Déda. “Vamos nos organizar e fazer manifestações nos bairros, no centro da cidade e em frente à Câmara de Vereadores. As faixas foram só o início”, garante o vice-presidente da Associação dos Defensores Coroa do Meio, Wesley de Paula Silva.
Além das 600 casas que serão construídas, a prefeitura, através da Seplan, fez todo o planejamento urbanístico e de geração de emprego. “Todos os moradores estarão envolvidos na construção das moradias. A idéia é pagar ao próprio morador pela construção de sua casa”, afirma Edmoaldo Oliveira, coordenador de rua do Orçamento Participativo.
“Em 10 anos que moro aqui, a única coisa que consegui foi isso”, diz Maria do Socorro, apontando um esgoto que passa bem em frente à sua casa há mais de 4 anos. “Eu acredito no prefeito Marcelo Déda e sei que ele quer melhorar as condições daqui”, desabafa.
A manifestação da comunidade tem o objetivo de sensibilizar parte dos vereadores que aprovaram uma emenda e que pode prejudicar o projeto. “A expectativa é de que através das manifestações que iremos realizar essa emenda seja revista”, finalizou Wesley de Paula.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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