[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mantém, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), um programa permanente de controle da esquistossomose. Os agentes de endemias fazem visitas domiciliares com o objetivo de coletar amostras de fezes dos moradores para a realização do exame parasitológico. Após a confirmação do caso, a pessoa é encaminhada à unidade de saúde, onde será tratada pela equipe do Programa de Saúde da Família (PSF).

A atividade não acontece simultaneamente em todos os bairros de Aracaju. “Nós trabalhamos cada comunidade durante um certo período e somente iniciamos a atuação em outro bairro quando o trabalho na área anterior estiver fechado”, informou Gina Blinofi, coordenadora do CCZ. Segundo ela, neste ano a SMS já atuou em diversos bairros, dentre eles, os que concentram a maior parte dos casos confirmados de esquistossomose, a exemplo do Santos Dumont, Coqueiral e Soledade. O último foi o Jardim Centenário, onde se constatou 176 moradores com a doença. “Realizamos 4.763 exames e 3,69% deram positivo, um resultado que para nós é considerado alto”, disse.

As providências já foram tomadas, pois a SMS encaminhou essas pessoas à Unidade de Saúde da Família Onésimo Pinto (unidade referência para o bairro), onde receberam a medicação necessária ao combate da verminose. “O tratamento é simples e feito com uma única dose do remédio. O problema é que como o Jardim Centenário é um bairro que ainda sofre com problemas de saneamento básico, a contaminação tem grandes chances de se repetir”, explicou Gina, completando que a confirmação desses 176 casos não deve ser considerada como um surto, visto que, no local, o alto índice de positividade dos exames sempre ocorreu. “Poderíamos tomar como surto, caso fosse uma área onde a doença nunca existiu ou tinha baixa incidência”, acrescentou.

Doença
A esquistossomose é uma infecção causada por um verme parasita, o Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório desse parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza. Mas o Schistossoma mansoni possui ainda um hospedeiro intermediário: os caramujos, caracóis ou lesmas, nos quais os ovos passam a forma larvária, dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos.

Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água, que se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta que, ao permanecer na água, contaminam o homem. Além das visitas domiciliares, os agentes de endemias do CCZ também aplicam em alguns locais propícios ao desenvolvimento da larva o moluticida. “Mas por ser um produto tóxico, nós não podemos sair por aí usando de forma aleatória”, finalizou a coordenadora do CCZ.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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