Projeto Segundo Tempo envolve portadores de necessidades especiais
Idealizado pelo Ministério do Esporte, com realização da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), o projeto Segundo Tempo contempla dezenas de crianças e jovens portadoras de necessidades especiais que, duas vezes por semana, participam de atividades recreativas no núcleo Instituto Lourival Fontes, no conjunto Castelo Branco.
Os trabalhos desenvolvidos com estes jovens são pensados e elaborados de acordo com o interesse dos alunos estimulando movimentos (lateralização, pegada, fortalecimento dos movimentos), interação e inclusão social, numa promoção à melhoria da saúde e ao aumento da auto-estima. “O projeto promove a auto-estima deles. Eles acreditam mais neles mesmos”, explica o monitor César Manga Larga, que trabalha com os portadores desde setembro passado.
Segundo o monitor, uma das demonstrações da importância e influência do Segundo Tempo na vida destes alunos é o reconhecimento dos pais. César ressalta a visível mudança na coordenação psíquico-motora. “Eles tem conseguido realizar atividades essenciais que antes não faziam, como amarrar o tênis e tomar banho sozinhos”, disse.
Trabalho em conjunto
Os portadores de necessidades especiais e alunos do abrigo para crianças e adolescentes do Instituto Lourival Fontes, que também fazem parte do projeto Segundo Tempo, são freqüentemente estimulados a participar de atividades em conjunto. Uma solução encontrada pelos monitores para trabalhar a interação social sem discriminação foi a prática de atividades coletivas com times mistos.
“Havia discriminação e hoje eles aceitam os especiais”, diz Ana Lúcia, presidente do Instituto. “Eles não brigam com ninguém, brincam direitinho e a gente ensina a eles”, relata Cristiano, 14 anos, um dos alunos atendido pelo abrigo.
Ana Lúcia comenta ainda o outro lado de inclusão social do projeto Segundo Tempo para as crianças e jovens atendidas no Instituto. “A disciplina foi bem trabalhada, hoje testemunhamos o companheirismo e coleguismo, como a diminuição do nível de agressividade entre eles”, relata. Segundo a presidente, o projeto ocupa o tempo ocioso das crianças. “Até porque eles moram aqui e estar ocupado com o Segundo Tempo faz com que eles saiam do mundo em que viviam antes. Estamos muito agradecidos pela contemplação da instituição com o projeto”, afirma.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Projeto Segundo Tempo envolve portadores de necessidades especiais – Fotos: Edinah Mary