[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Dia Municipal da Consciência Negra, em homenagem a João Mulungu, foi comemorado ontem, quarta-feria 19, em Aracaju. E para comemorá-lo, a Escola Municipal de Ensino Infantil Maria Clara Machado, do bairro Santos Dumont, realizou uma programação especial para homenagear o herói sergipano que lutou pelos direitos dos negros no Estado. A quadra da praça Ulisses Guimarães foi o local escolhido para a festa.

A iniciativa, segundo a diretora da escola Leila Argollo, partiu do Clube das Mães, grupo de aproximadamente 50 mulheres que se reúne três vezes por semana para aulas de relaxamento e aeróbica entre outras atividades. “Também são trabalhadas com elas questões de gênero, auto-estima e o conteúdo programático das crianças para que elas sejam um suporte na educação dos filhos, mas de uma maneira à parte, sem necessariamente envolvê-los”, informou.

Pelo segundo ano consecutivo a escola, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), reuniu pessoas do bairro para participarem da homenagem. O Clube das Mães participou com uma aula de Funk-aeróbica sob o comando do MC Damys, integrante do grupo Hap Dance. Os “Tambores da Liberdade” do grupo Afro-cultural Axé Kizomba soaram em homenagem ao dia. E rodas de capoeira levaram um pouco da herança cultural negra.

Participaram ainda os grupos Ginga Arte, do Mestre Nenca, e Filhos de Luanda, do mestre Aldemário, mostrando a luta, o esporte e a educação contidos nessa prática. “Estamos aqui em memória de João Mulungu, para resgatar a cultura de Sergipe que poucas pessoas conhecem e que é importante para que os sergipanos conheçam”, declarou o mestre Aldemário.

Quem foi João Mulungu

João Mulungu simboliza as aspirações democráticas do povo negro, por ter sido o marco da resistência em Sergipe. Maior líder dos quilombos de Sergipe, nasceu numa senzala de Laranjeiras em 1851 e se tornou o maior defensor da causa negra na luta contra a escravidão sendo considerado o “Zumbi sergipano”. Traído por um escravo, foi preso no dia 19 de janeiro, presumivelmente aos 25 anos, e sua captura teve destaque nacional.

Sua morte foi divulgada com a intenção de demonstrar que os quilombos de Sergipe estavam extintos, quando na verdade causou o recrudescimento do movimento. Por esse feito uma lei municipal sancionada em 2004 pelo prefeito Marcelo Déda tornou o 19 de janeiro no Dia de João Mulungu. (Extraído do livro Panáfrica África Iya N’la de Severo Dacelino).[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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