[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O resultado dos aprovados no vestibular da Universidade Federal de Sergipe, divulgado no último sábado, 31, revelou uma surpresa agradável até para o sistema municipal de ensino: a aprovação da primeira pessoa portadora de deficiência visual na UFS. Dos nove portadores de deficiência inscritos, a estudante Gilvaneide Souza Garangal, 23 anos, foi a única aprovada no curso de Letras com habilitação em Português.

A surpresa da aprovação só chegou por meio de professores, que felizes, deram os parabéns pelo seu bom desempenho. Portadora de glaucoma congênito, desde quando tinha 1 ano e 7 meses, Gil, como é conhecida por amigos e familiares, é estudante do Centro de Atendimento a Portadores de Deficiência Visual (CAP), instituição mantida pela Prefeitura de Aracaju por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Concorrendo em pé de igualdade com outros participantes, e se sentindo vitoriosa com a aprovação, Gil acha que a falta de assistência a deficientes ainda é muito grande, apesar de todo esforço da prefeitura. “Foi muito difícil porque aqui no estado não existe um preparo para deficientes. Mesmo com a ajuda dos professores do CAP, é necessário que exista mais atenção com a gente”, cobra. “A única diferença que tive dos outros concorrentes foi a prova, feita toda em braile. Tanto que senti mais dificuldades na prova de geografia porque tinha muitos gráficos, aí fiquei um pouco confusa, mas graças a Deus deu tudo certo”.

“Estou muito contente, não acho que a universidade seja um bicho de sete cabeças. Como somos um número menor não temos um apoio necessário, eles é que vão ter que se adaptar com a gente”, acrescenta a nova universitária.

De volta a sua rotina, e ainda surpresa com o resultado, sua única preocupação agora é conseguir um transporte que possa fazer sua locomoção diária de casa para a UFS. “Estou tentando junto com minha irmã vê se arranjo um carro para levá-la na universidade. Como não podemos pagar, temos que pedir”, afirma Juliana, irmã de Gil.

Segundo Ana Maria de Souza Santos, mãe e maior incentivadora da filha, a sua aprovação é uma vitória. “Estou muito feliz, mas de coração apertado, pois sei que ela enfrentará muitas dificuldades. Ela vai ser tudo o que eu não pude ser, vai ser alguém”, completa uma mãe emocionada.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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