[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A economia sergipana receberá mais uma engrenagem na sua cadeia produtiva com a chegada da fábrica Yazaki. O anúncio da instalação da empresa japonesa, produtora de material elétrico e eletrônico para veículos automotores, concretiza a inserção de Sergipe no processo de industrialização automobilística do Nordeste, iniciado na década de 90 com a montadora Ford na Bahia.

Na manhã desta terça-feira, 5, o governador Marcelo Déda recebeu o presidente e executivos da Yazaki para formalizar a instalação da Companhia no estado. A solenidade contou com a presença do vice-governador, Jackson Barreto, e dos secretários de Estado da Casa Civil, Silvio Santos, da Ciência e Tecnologia, Saumíneo Nascimento, e do Planejamento, Oliveira Júnior.

O núcleo de produção que aportará no município de Nossa Senhora de Socorro é o sexto da Yazaki no Brasil e soma um investimento de R$46,5 milhões. A previsão do grupo é iniciar os trabalhos em setembro deste ano, gerando 1.604 postos de trabalho. A produção da nova planta será direcionada à indústria automobilística que está se instalando no Nordeste (Fiat).

Para Marcelo Déda, a política estadual de investimentos somada à posição estratégica de Sergipe, localizado entre grandes mercados consumidores, como são Bahia e Pernambuco, são fundamentais para a atração de capital privado.

“Para nós é motivo de muita alegria receber um grupo com a dimensão e importância da Yazaki. Receber a Yazaki significa a entrada de Sergipe em um novo mercado. A partir de agora, Sergipe se integra ao processo de industrialização automobilística do Nordeste brasileiro, processo que tem quase 20 anos, desde que a Ford se instalou na Bahia. A indústria automobilística escolheu até o momento os estados da Bahia, Ceará e Pernambuco como referência na instalação das montadoras de automóveis. Sempre defendi que era importante construir uma cadeia produtiva que integrasse o Nordeste. Se as três grandes economias da Região atraíam as montadoras, nos outros estados menores, deveríamos trabalhar para receber, sobretudo, a indústria de autopeças. Nesse sentido, sempre estimulei os fornecedores das grandes montadoras a se localizarem nos estados da região Nordeste, fazendo com que o desenvolvimento automobilístico da região seja distribuído”, declarou Déda.

Durante o encontro, o chefe do Executivo fez uma apresentação sobre o avanço econômico de Sergipe nos últimos seis anos, a geração de emprego no estado e o crescimento da renda familiar do sergipano. Após acompanhar a explanação do governador, o presidente da Yazaki, Toshihiro Inoue, afirmou estar tranquilo e seguro por ter escolhido Sergipe para sediar a sexta unidade do Grupo no Brasil.

“Nossa Companhia segue as determinações da matriz japonesa e nosso objetivo é formar uma empresa que seja importante para a sociedade, queremos crescer junto com a cidade de Nossa Senhora de Socorro e com o estado de Sergipe. Já existe um planejamento de instalar uma nova unidade aqui, caso consigamos fechar a parceria com a Fiat, sediada em Pernambuco. A localização de Sergipe foi importante para escolhermos o estado como sede da nossa empresa e os incentivos oferecidos pelo Estado foram decisivos para nossa instalação aqui”, disse Jorge Rodrigues, gerente da Yazaki em Sergipe.
 
Líder mundial na fabricação de chicotes elétricos, a Yazaki possui 434 fábricas em 41 países e emprega mais de 220 mil pessoas. Com um faturamento global superior a U$ 13 bilhões por ano, a Companhia tem em sua cartela de clientes empresas como Toyota, Honda, Renault, Peugot, Mercedes Caminhões, Citroen, Ford, Nissan, Iveco e Volkswagen.  A chegada da Companhia ao estado descortina o potencial sergipano de atração e de desenvolvimento de investimentos privados. Com a chegada do grupo japonês, Sergipe poderá atrair empresas no mesmo segmento automobilístico, além de estimular a economia local.

“Esse é um momento histórico na industrialização sergipana, a presença da marca Yazaki alertará ao mercado da oportunidade de prospectar novos investimentos em nosso território. Estamos disponíveis para ajudar a Yazaki a abrir mais uma frente de negócios e para ajudar o Estado a atrair mais empreendedores privados. Trabalhamos para mostrar que temos, em um raio de 500 quilômetros, um mercado consumidor de 40 milhões de pessoas, devido a nossa localização geográfica. No final de janeiro, recebemos a visita da presidenta Dilma Rousseff  e assinamos convênios para o aporte de R$ 1 bilhão em investimentos privados, o que mostra o dinamismo de nossa economia”, afirmou Marcelo Déda.

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento, Saumíneo Nascimento, destacou que a presença da empresa japonesa estimula uma gama de serviços relacionados ao setor automotivo e de serviços. “Estaremos produzindo a parte de inteligência do veículo e, com certeza, fornecedores do setor serão atraídos, a partir da chegada da Yazaki, que é uma marca internacional. Além de trazermos oferta para os fornecedores locais, serviços e construtora, por exemplo, deveremos atrair outras empresas que são beneficiárias dos produtos que a Yazaki fabrica”, explicou.
 
Histórico

A Yazaki é uma empresa de capital fechado que trabalha com componentes eletrônicos e automotivos, no entanto, no Brasil está voltada para a produção de chicotes, que são conjuntos de fiações que conectam as partes elétricas do automóvel, como faróis e som. No mercado nacional desde 1997, a Yazaki possui cinco fábricas no País, espalhadas nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Na América do Sul, o grupo atua ainda no Paraguai, no Uruguai, na Argentina.

Atração de empresas

O número de empresas e indústrias fixadas, a diversificação de seu campo industrial e os altos índices de geração de emprego comprovam que Sergipe se consolida como um polo de investimentos. Nos últimos seis anos, cerca de 263 empresas se fixaram no Estado e receberam um investimento superior a R$ 998 milhões em incentivos fiscais.

As imissões privadas na economia sergipana são crescentes. O montante de R$ 904,2 milhões já está assegurado pelos termos de compromissos assinados entre o governador e investidores. Serão gerados 5,2 mil empregos diretos e 4 mil empregos indiretos, totalizando um número superior a 9,2 mil empregos no estado.

As empresas investidoras são de áreas diversificadas. O grupo Brennand, por exemplo, originário de Pernambuco, trará mais uma marca forte de cimento para ser produzida no estado, injetando R$ 366 milhões na economia sergipana e gerando 246 empregos diretos e 900 empregos indiretos, totalizando 1.146. Sergipe, que é o maior produtor de cimento da região Nordeste, respondendo por 27% do total produzido, segundo dados do ano de 2011, também será contemplado com a expansão das duas maiores cimenteiras implantadas no estado, Votorantim e Nassau, que também anunciaram aumento das suas capacidades produtivas. 

Já a Nassau investirá R$ 68 milhões, destinados a aumento da capacidade de produção e geração de energia (usina termoelétrica) da planta, gerando 100 novos empregos diretos e 167 indiretos, totalizando 267 empregos. Juntas, as três cimenteiras investirão R$ 506,2 milhões em Sergipe.

O grupo sergipano Maratá não quis ficar de fora dessa nova fase de desenvolvimento para Sergipe e irá investir, em 2013, mais R$ 140 milhões. Sendo que R$ 40 milhões serão utilizados para implantação de um frigorífico no município de Estância e R$ 100 milhões para aquisição de máquinas e equipamentos industriais para ampliação da capacidade de produção das indústrias já existentes. Serão 1,5 mil empregos gerados pelo frigorífico, sendo 300 diretos e 1.200 indiretos e 200 postos diretos gerados com a modernização das fábricas.

Interiorização

Para interiorizar o crescimento econômico, a gestão estadual tem incentivado e criado estímulos para os empresários. Essa política de investimento no interior é marca registrada do governo Marcelo Déda, que implantou o Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) no início de sua gestão. O PSDI visa incentivar e estimular o desenvolvimento socioeconômico estadual mediante a concessão de apoio aos investimentos, em parceria com prefeituras municipais. Outro fator é o incentivo fiscal, em que o empreendimento pode ter descontos de 92% ou até de 93,8% no pagamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Além do crescimento fundamentado na evolução econômica do país e do Estado, o parque industrial renovou-se, ampliando o número total de empresas, bem como as áreas de atuação.

“O PSDI tem sido um dos grandes fatores para atração de investimentos nacionais e estrangeiros para Sergipe. Nós tivemos franceses, italianos, agora os japoneses e já recebemos contato de espanhóis, asiáticos e canadenses que também querem se implantar em nosso estado. Esse interesse é fruto de uma política atrativa e agressiva do ponto de vista de celeridade do processo de conclusão de trâmite necessário para que um empreendimento se instale aqui, isso via modernização da Junta Comercial, via o empenho técnico dos engenheiros da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codise) e também da marca da gestão Marcelo Déda, de que aqui é um local que tem uma localização estratégica para atender um grande mercado”, afirmou Saumíneo Nascimento.

Uma das empresas que acreditou na competitividade de Sergipe foi a Votorantim Cimentos. Sua filial, localizada no município de Laranjeiras, é a maior fábrica do setor na região Nordeste e gera mais de 650 empregos diretos e indiretos. Em 2012, por meio de estímulos oferecidos pelo Governo do Estado, o Grupo decidiu ampliar sua linha de produção e investiu R$ 40 milhões na construção da quarta linha de produção de cimento e na quinta linha de ensacamento de produto.

Outro grupo que investe no interior sergipano é a indústria Vidreira do Nordeste Ltda, do Grupo Saint-Gobain no Brasil, que produz garrafas e potes de vidro. A fábrica será instalada em Estância ainda este ano, com um aporte de R$ 228 milhões até 2017 no estado. Além disso, mais de 600 empregos serão gerados.

 

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.