[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), inaugura na próxima semana a Escola Oficina de Artes Valdice Teles, numa homenagem a uma das mais talentosas atrizes sergipanas, morta em março deste ano. A instituição tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento e o aprimoramento do ensino das linguagens artísticas, nas áreas das artes visuais e cênicas, da música e da dança.

A Escola Oficina de Artes Valdice Teles, que está localizada na avenida Ivo do Prado, 686 (próximo ao Cultart), substituirá a atual Escola Municipal de Artes. No novo espaço os alunos terão disponíveis salas de dança e de artes visuais, prática I e II, além de um mini-auditório com capacidade para 60 pessoas.

Outra novidade da Escola Oficina de Artes é a criação de um Conselho Pedagógico constituído por nove membros e em quatro divisões: música, dança, artes cênicas e artes visuais, que terá entre suas funções a competência de coordenar o processo de elaboração, execução e avaliação da proposta pedagógica. O Conselho será composto por um representante da Funcaju, o diretor da Escola Oficina, os quatro coordenadores das divisões, um representante dos professores, um do Cultart/UFS, e um do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão de Sergipe (Sated).

Segundo a presidente da Funcaju, Karlene Sampaio, a Escola Oficina de Artes Valdice Teles terá como princípios possibilitar o acesso a todos ao pleno exercício dos direitos culturais e às fontes da cultura popular e erudita, como também incentivar a pesquisa artística de forma consciente e crítica e facilitar o fazer artístico e sua relação com a cultura nas variadas linguagens artísticas.

“A Escola Oficina de Artes Valdice Teles surge para incentivar o alargamento e o aprimoramento da aprendizagem das linguagens artísticas visando o pleno desenvolvimento do ser humano criativo, possibilitando a democratização do acesso aos bens culturais e ao exercício consciente da cidadania”, disse a presidente da Funcaju.

Homenagem

A Escola Oficina de Artes levará o nome de Valdice Teles em homenagem àquela que fez história na vida teatral de Sergipe. Nascida no dia 10 de junho, na cidade de Riachuelo, antes de fazer parte do teatro, a atriz já era conhecida no meio artístico por conta de seu trabalho como discotecária numa das rádios da cidade. Mas foi em março de 1980 que a então estudante de Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe, levada pelo trabalho de pesquisa em torno dos elementos da cultura popular, traçou uma das mais belas histórias da arte sergipana: Surgia a “Mama” ou “Val” do Grupo Teatral Imbuaça, como era carinhosamente chamada no grupo.

Em sua curta, mas irradiante vida com o Imbuaça, “Mama” lutou junto com o grupo pela democratização do país. Em 1981, no primeiro contato do grupo com os festivais teatrais no Sudeste do Brasil, descobriu a peça “A Gaiola”, texto que discutia a luta da mulher operária no ABC Paulista. Na sua inquietude, atuou pela primeira vez como dramaturga, adaptando este espetáculo à realidade nordestina.

Ainda como dramaturga, Valdice adaptou da literatura de cordel dois dos maiores sucessos do grupo: “Antonio Meu Santo” e “Dança dos Santos”. O último trabalho como atriz foi no espetáculo “Desvalidos”.

O prélio desta “guerreira” do palco se estendeu a luta social quando o Imbuaça junto com os movimentos sociais protestaram contra a “invasão” imobiliária do bairro Coroa do Meio. “Este é o nosso agradecimento pelos seus anos de luta por uma identidade teatral, que hoje se mantém inspirada nos elementos da cultura popular nordestina”, comentou Karlene Sampaio.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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