[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Para quem já aprendeu, ler e escrever são atividades corriqueiras e muitas vezes nem notadas. Mas o que parece simples para alguns, é a realização de um sonho para 25 mães do bairro Santa Maria. Desde maio deste ano elas freqüentam as aulas do curso de alfabetização promovido pela ONG Missão Criança Aracaju com recursos do Unicef e em parceria com as empresas de transporte Viação Progresso e Viação Halley, além da Norcon Construtora.

As mães estão sendo alfabetizadas nas manhãs de terça e quinta-feira no auditório da unidade de saúde Celso Daniel, construída pela Prefeitura de Aracaju no Santa Maria. O projeto de alfabetização faz parte do programa Bolsa-Escola Criança Cidadã, que atende a 40 famílias do bairro e é coordenado pela Missão Criança em parceria com empresas privadas. Todos os filhos destas mães fazem parte do projetoRecriando Caminhos, mantido pela ONG em parceria com o Unicef e a Prefeitura de Aracaju nas escolas da rede municipal de ensino.

Ana Lúcia da Silva, 29 anos, tem três filhos que participam da Bolsa e estudam na Escola Municipal Diomedes Silva. Ela contou que está aprendendo muitas coisas que não sabia. “Eu não conseguia nem assinar meu nome direito”, afirmou. Ana Lúcia sempre quis aprender a ler e a escrever e aconselha a todos os que tiverem a mesma oportunidade que ela a não desperdiçarem. “Muita gente quer aprender, mas não tem oportunidade. Agora que eu tenho uma chance, não vou jogar fora de jeito nenhum!”, exclamou satisfeita.

Na opinião de Gilvânia Paiva, com três filhos estudando na Escola Municipal Laonte Gama, a alfabetização vai ajudá-la a conhecer seus direitos e a lutar por eles. “Sabendo ler eu posso perceber melhor o que está escrito e evitar assinar algum papel que não seja bom para mim”, disse. “A gente também vai poder ler livros e aprender mais sobre tudo”, completou animada.

Hoje, dia 28, as mães entraram em contato pela primeira vez com o Baú de Leitura da Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com a Missão Criança. A partir da próxima semana elas passarão a ler os primeiros livros e descobrir novas histórias e realidades sociais.

Mudanças

De acordo com a pedagoga e alfabetizadora Débora Guerra, o início do curso foi difícil porque as mães eram muito tímidas e se achavam velhas para aprender a ler e escrever. “Aos poucos elas foram percebendo que não existe limite de idade para adquirir conhecimento e hoje eu vejo não só um crescimento pedagógico, mas afetivo e social de todas elas”, constatou.

Débora destacou que a metodologia empregada na alfabetização tem o foco principal nos interesses das mães e na sua realidade social e cultural. “Nós tentamos contextualizar todas as informações para que elas se sintam mais à vontade durante as aulas”, disse. “Através das lições de mestres da educação como Paulo Freire e Leda Massagão, nossa intenção é construir o conhecimento de forma conjunta”, completou.

Outras atividades

As mães da Bolsa-Escola Criança Cidadã também fazem parte do programa profissionalizante da Missão Criança em parceria com a Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). Na unidade produtiva da fundação, as 40 mulheres estão aprendendo as técnicas de produção de tapetes artesanais. As aulas acontecem às terças e quintas das 14 às 17 horas.

Além disso as mães recebem atendimento psicossocial todas as quartas também das 14 às 17 horas. Divididas em três grupos e sob a coordenação de uma psicóloga elas discutem questões do dia-a-dia relativas à educação de seus filhos e o convívio familiar, dentre outros temas.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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