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O uso responsável da internet foi tema de discussões durante uma mesa redonda realizada na sexta-feira, 28, como parte da programação da Semana de Inclusão Digital, evento promovido pelo Comitê para Democratização da Informática (CDI). Participaram como debatedores Teófilo de Miranda, presidente do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), Jorge Cabral e Andréa Hermínia, pedagogos da Faculdade São Luís, além do analista de sistemas Mário Andrade. A iniciativa contou com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).

A Semana da Inclusão Digital foi criada pelo CDI em 2001, com o intuito de
chamar a atenção das autoridades e da sociedade em geral para a exclusão digital que hoje ainda atinge 55% da população brasileira acima de 10 anos. Esse ano o tema da Semana foi o lixo eletrônico. "Queremos que equipamentos considerados ultrapassados ou tidos como lixo por empresas e usuários pessoais possam ser utilizados para a inclusão digital de comunidades carentes", informou Vinícius Melo, vice-presidente do CDI em Sergipe.

Foi lançada durante o evento uma cartilha ilustrada contendo uma série de informações e recomendações sobre formas de usar a internet com responsabilidade e sem correr riscos. A cartilha, que foi editada pelo CDI em parceria com a Fundação Xuxa Meneghel, contém ainda dicas de sites interessantes de pesquisa e entretenimento para professores, pais e crianças. Também tem um glossário com termos usados em ambientes virtuais.

Além de questões relativas à destinação do lixo eletrônico, um problema que vem se agravando a partir do aumento das facilidades de acesso para compra de equipamentos, os debatedores analisaram aspectos relacionados à inclusão digital e uso responsável da Internet. Para Mário Andrade, a inclusão digital precisa ser redefinida. "Não basta ter o computador e o acesso à internet, é preciso educação para o uso. As pessoas só usam a tecnologia de forma errada porque não aprenderam a fazê-lo da maneira correta", concluiu ele.

Teófilo de Miranda, presidente do SergipeTec, que também já presidiu o CDI Sergipe, destacou a importância da instituição na compreensão do que deve ser feito para a inclusão digital da população brasileira. "Na verdade, a gente não discute mais a inclusão digital e sim a emancipação digital. O fato das pessoas terem acesso à internet, por exemplo, é um grande passo, mas é ainda mais importante que elas se coloquem como cidadãs, para efetivamente exercerem seus direitos, exigirem o cumprimento de deveres e terem acesso a informações que não chegariam até elas por outros meios. A emancipação é a construção do conhecimento de uma forma mais crítica e ampliada", ressaltou ele.

CDI

O Comitê para Democratização da Informática é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que desenvolve trabalhos de promoção da inclusão social, utilizando a tecnologia da informação como um instrumento para a construção e o exercício da cidadania.

A instituição tem 33 escritórios em 20 estados brasileiros e outros nove países e é formada por uma rede social de 840 Escolas de Informática e Cidadania, criadas em parceria com organizações comunitárias, onde são implementados programas educacionais e projetos que atendem comunidades de baixa renda, públicos com necessidades especiais, portadores de transtornos psiquiátricos, jovens em situação de rua, populações indígenas e comunidades carcerárias, entre outros. Conta com 1402 educadores e capacita, por ano, cerca de 70 mil pessoas. Em Sergipe o CDI está instalado no Parque Tecnológico.

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