Zé Rozendo e Marluce abrem a noite no Arraiá do Povo
"O que fazemos é pé-de-serra. Uma banda inteira fazendo pé-de-serra, pronto!". Ao tentar definir seu próprio trabalho, a cantora Marluce recorreu ao estilo que, de fato, é predominante em seu repertório. Mas para o público do Arraiá do Povo, na quinta-feira, 12, a artista e seu parceiro Zé Rozendo mostraram muito mais que isso. Primeira atração da noite na data em que se comemora o Dia dos Namorados, o casal, que tem quase quatro décadas de relação, apresenteou quase todos os estilos de forró que existem ao público presente. E não se limitaram aos sucessos de seu próprio repertório: clássicos de Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Nando Cordel e do imortal Luís Gonzaga esquentaram a festa na primeira noite de forró desta semana na Orla.
Com 42 anos como cantora profissional e 36 ao lado de seu parceiro artístico e marido Zé Rozendo, Marluce se diz uma nordestina dividida entre vários estados. "Sempre digo por aí que sou pernaibana", brinca, referindo-se a sua naturalidade pernambucana somada com a criação na Paraíba. Mas foi um terceiro Estado que a conquistou definitivamente. "Quando eu e o Zé Rozendo viemos para Sergipe, nos apaixonamos logo pela terra". Desde então, já são 15 anos morando no território oficial do forró. "Daqui não saímos mais não", complementou.
Donos de um vastíssimo currículo, Zé Rozendo e Marluce conhecem muito bem diversos palcos Brasil afora. E é com esse gabarito que a experimentada cantora rasgou elogios acerca da estrutura do Arraiá do Povo. "Está tudo ótimo, e a cada ano está melhor. O Governo está de parabéns. O forrozeiro Zé Rozendo assina embaixo. "O Arraiá do Povo é a melhor coisa que já fizeram pela cultura local".
Ainda para a dupla, a contribuição do imenso arraial da Orla para a preservação da cultura nordestina é inestimável. "O que se vê é o retrato do povo nordestino estampado por todos os lados. É em um evento desse tamanho que todo o Nordeste se encontra", destacou Marluce. Seu parceiro Zé Rozendo concordou. "Este espaço abriu caminhos para muitos forrozeiros mostrarem seu trabalho, o que é fundamental pra cultura local", ressaltou o instrumentista, com a sabedoria de quem domina a sanfona há 54 anos.
A própria dupla, em seu repertório, fez reverência à terra que os acolheu diversas vezes. E sem deixar de convocar o público a continuar fazendo parte do maior São João do País. "Do sertão ou do nordeste, venha do norte ou do sul. Venha dançar forró com a gente, aqui em Aracaju".
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