Voluntários integram o trabalho de humanização do Huse

Desenvolver e proporcionar ações integradas à promoção da saúde e valorização da vida. Essa é a missão da Assessoria de Ações Voluntárias do Hospital de Urgência de Sergipe (AAV/HUSE). Através desse programa, grupos de voluntários atuam em diversas áreas da instituição, levando aos pacientes e acompanhantes momentos de alegria, alimentação, bem estar, evangelização, kits de higiene pessoal, literatura, musicoterapia e outros.

Para fazer parte do grupo e criar vínculo com o Huse, o voluntário necessita fazer um cadastro e passar por uma avaliação. Através dela, o programa manterá um mecanismo de controle e de conhecimento das propostas voluntárias.

O regulamento do voluntário do Huse estabelece os seguintes requisitos: frequentar o curso de voluntários, ser cadastrado junto à AAV, ser assíduo e compromissado no trabalho voluntário que desempenhar e, além disso, ter disponibilidade para servir.

A avaliação é fiscalizada pela idealizadora do programa e membro do Núcleo de Apoio Técnico do Huse (NAT), Silvânia Lima. Ela explica que o objetivo é redefinir critérios e modo de atuação das ações já existentes, além de regulamentar e supervisionar diretamente as que são realizadas nas dependências da unidade. “Quando a coordenação administrativa começou a reavaliar o trabalho do voluntariado dentro da instituição, percebeu-se a urgência de implementar um novo modelo de organização. A proposta é melhor gerenciar os grupos de voluntários do Huse. Com isto, a coordenação do NAT e a superintendência do hospital, com o intuito de melhor organizar o trabalho voluntário, regulamentou a AVV nos moldes do novo modelo de gestão descentralizada”, explicou.

Para aprimorar os conhecimentos e aplicá-los no Huse, Silvania conta que foi convidada para fazer uma visita técnica ao Instituto Nacional do Câncer (INCA) e ao Hospital de Barretos, este último referência Sul-Americana em trabalho voluntário. “Conheci como era organizado o trabalho voluntário dentro de um ambiente hospitalar, para que pudéssemos seguir as diretrizes que essas grandes instituições trabalham. Criamos o regimento e o curso, qualificamos essas pessoas que já eram voluntárias e ainda abrimos espaços para mais pessoas. Periodicamente, fazemos reuniões com alguns grupos”, pontuou.

Surgimento

O trabalho de voluntariado no Huse começou em meados da década de 90 e surgiu da contribuição espontânea de pessoas que se reuniam para desenvolver atividades de recreação, apoio psicológico e solidariedade.

“Vale ressaltar que, com o surgimento do setor de Oncologia, o número de voluntários cresceu consideravelmente, bem como a quantidade de grupos e casas de apoio e abrigo para as pessoas com câncer”, enfatizou Silvânia, destacando que o projeto faz com que a sociedade conheça e esteja presente dentro dos trabalhos da instituição.

“É muito importante que a sociedade civil seja parceira do Huse. O trabalho voluntário cria grandes laços afetivos, raízes e parcerias. Ele é um braço do hospital e extremamente importante. No Huse, temos cadastrados grupos evangélicos, católicos e espíritas, além da presença de voluntários do Lions Clube, Avosos, Aacase, Gaac, Prosartes, UTI Riso e outros”, enalteceu.

Direito e deveres

São direitos dos voluntários: escolher uma atividade que lhe agrade, receber apoio na função que desempenha, ser instruído e capacitado para desenvolver suas tarefas e responsabilidades, receber estímulo, ter um ambiente de trabalho favorável, questionar junto à supervisão por escrito, quando julgar prejudicado em qualquer dos direitos.

Deveres do voluntário: usar uniforme e crachá identificador, cumprir com o horário que se comprometeu, avisar com antecedência de, no mínimo, 48 horas e, no máximo de 24 horas, a possibilidade do não comparecimento ao dia de serviço prestado, apresentar-se na humanização e assinar o livro de frequência, obedecer a disciplina interna da AAV e humanização, respeitar a hierarquia, comparecer às reuniões, frequentar os cursos organizados pela AAV, zelar pelo decoro e honestidade administrativa, respeitosa, moral e da ética, contribuir para a organização da AAV seu gerenciamento e efetividade, observar as normas e rotinas da instituição.