Vigilância Sanitária recomenda a inutilização do Prexige
A Coordenação de Vigilância Sanitária (Covisa) da Secretaria de Estado da Saúde recomenda aos médicos e odontólogos de Sergipe a suspensão da prescrição do antiinflamatório Prexige, nome de marca da substância lumiracoxibe, do laboratório Novartis, porque o produto tem provocado reações graves no fígado dos pacientes que o utilizam. Da mesma forma, a Covisa recomenda aos empresários do setor farmacêutico (drogarias e farmácias) que observem a legislação no que concerne à exigência de prescrição para medicamentos tarjados (tarja vermelha). A mesma recomendação vale para os hospitais, clínicas e congêneres que dispensam medicamentos deste tipo aos seus pacientes.
Antônio de Pádua Pombo, coordenador da Covisa da SES, explica que a decisão da recomendação de não prescrever e utilizar este medicamento, enquanto ainda está sendo aguardada a decisão final da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o possível cancelamento do registro do medicamento, está baseada no princípio da precaução, conforme a Lei 8080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes,.
"Este remédio indicado para osteoartrite, dor aguda e dismenorréia primária é do mesmo grupo terapêutico do Vioxx e do Bestra, que foram retirados do mercado por motivo de segurança. Orientamos às pessoas a não consumirem e nem comercializarem o lumiracoxibe (Prexige) porque já foram apresentados 20 casos graves de problemas hepáticos no mundo, inclusive com duas mortes e três transplantes de fígado. Este medicamento já foi proibido nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Austrália", informou Pádua.
Segundo o coordenador, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo (SP) interditou por 90 dias a venda e a distribuição deste medicamento até que a Anvisa recomende o cancelamento do registro do produto no país. "A Anvisa deu autonomia às vigilâncias sanitárias dos estados para decidirem a suspensão de comercialização do Prexige. Como aqui em Sergipe nós não dispomos de um CVS para testar as reações do medicamento, estamos nos baseando pela orientação da Covisa de São Paulo", explicou Antônio Pádua.
A bula do próprio medicamento já traz contras-indicações do produto, que não deve ser ingerido por pacientes com problemas vasculares, diabéticos, que apresentem colesterol alto e fumantes. Antônio Pádua lembra ainda à população que não se deve fazer automedicação, nem com este remédio de tarja vermelha e nenhum outro. "Quem deve prescrever qualquer medicamento é somente médico e odontólogo", afirmou.
Veja o esclarecimento da Anvisa sobre o assunto.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Vigilância Sanitária recomenda a inutilização do Prexige – Antônio Pádua / Foto: Márcio Garcez/Saúde