Vigilância Sanitária analisa teor de agrotóxico em alimentos
Uma equipe da Coordenação de Vigilância Sanitária (Covisa) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou nesta terça-feira, 12, a coleta de amostras de banana, alface e maçã num supermercado em Aracaju para detectar os níveis de agrotóxicos presentes nos alimentos. A ação faz parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) e aconteceu com a participação do técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Juliano Malty, responsável por supervisionar o programa em Sergipe.
O PARA é um programa da Anvisa que tem como objetivo avaliar continuamente os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos ‘in natura’ que chegam à mesa do consumidor, garantindo a segurança alimentar e evitando possíveis agravos à saúde da população. Sergipe é um dos 16 estados do país que participam da iniciativa, lançada em 2003.
A cada três meses, são analisados três produtos considerados mais suscetíveis à utilização excessiva de agrotóxicos. "Nos meses de maio, junho e julho estamos coletando amostras de alface, banana e maçã nos supermercados do Estado e enviamos pelo Correio para os três laboratórios credenciados para as análises em Minas Gerais, Pernambuco e Paraná. Os resultados são enviados para nós e para a Anvisa", informou Silvina Aquino, gerente de alimentos da Covisa e coordenadora de amostragem do PARA em Sergipe.
A depender dos resultados encontrados, a Vigilância Sanitária reúne os distribuidores, que podem suspender as compras dos alimentos enquanto os produtores se adequam às orientações da Covisa sobre a quantidade estipulada e o tipo de agrotóxicos permitidos. Segundo Evandro Almeida, responsável administrativo do PARA, esta análise de amostragem é educativa, preventiva, não tem caráter punitivo.
Para Gilvânia Sousa, analista de Recursos Humanos do supermercado visitado, este tipo de visita da Vigilância Sanitária colabora para que a empresa forneça maior segurança ao cliente. "O órgão vem colaborar conosco, nos orientando e nos deixando por dentro dos parâmetros legislativos, para que nossos produtos não façam mal à saúde dos compradores", disse.
O agrônomo e supervisor da Anvisa, Juliano Malty, está acompanhando as visitas da Covisa aos estabelecimentos durante esta semana para dar o suporte necessário ao desenvolvimento das atividades e atualizar a Anvisa sobre a atuação da Vigilância Sanitária de Sergipe no programa. Na tarde desta segunda-feira, 11, ele e o grupo da SES visitaram algumas plantações convencionais, orgânicas, hidropônicas em Itabaiana.
Prevenção
"O foco do nosso trabalho é a prevenção porque, uma vez instalado o agrotóxico no alimento natural, não há como retirar. Numa maçã, por exemplo, é possível diminuir o excesso lavando com água corrente mas, de qualquer forma, a fruta já está impregnada. Os agrotóxicos são nocivos à saúde e, uma vez consumidos em excesso, podem causar problemas neurológicos, alérgicos, de crescimento e até câncer", explicou Silvina Aquino.
De acordo com ela, a alface foi uma das grandes vilãs detectadas em Sergipe no ano passado, quando os níveis de agrotóxicos na verdura foram atingiram mais de 50% além do teor permitido. Por este motivo, a folha é um dos três itens analisados este ano.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Vigilância Sanitária analisa teor de agrotóxico em alimentos – Foto: Isa Vanny