Unidade da Fundação Renascer passa por melhorias

O Centro de Estudos e Observações (CEO) unidade de acolhimento da Fundação Renascer, que já contava com um espaço privilegiado para o atendimento de 19 acolhidos, ganhou mais três novas salas. O espaço extra será destinado a uma nova sala para a equipe técnica, uma sala de estar (tv) para os adolescentes e uma lavanderia.

As salas foram adaptadas e irão permitir maior funcionalidade para o serviço que é realizado. De acordo com a coordenadora da unidade, Marli Ribeiro, também foram providenciados cortinas, tapetes, almofadas, máquina de lavar e ar-condicionado. Melhorias que segundo ela irão refletir diretamente no atendimento.

“Quanto mais humanizamos o local, mais o atendimento fica melhor. Os encontros dos acolhidos estão diferentes, a cooperação está maior, tanto entre eles como com os funcionários. Também não registramos mais evasões, a maioria dos adolescentes não quer ir embora do abrigo”, comenta Marli.

Além de proporcionar mais conforto, as melhorias foram acompanhadas por um trabalho de conscientização junto aos adolescentes acolhidos. O resultado desse trabalho vem sendo percebido não apenas pelos que frequentam a unidade, mas também pela vizinhança que já não faz mais reclamações contra o comportamento dos adolescentes.

“Nunca tive nenhum tipo de problema com eles. Vejo quando eles passam aqui na minha calçada, falam comigo, me chamam de vovó e só isso. Moro aqui há mais de 40 anos e na minha casa nunca teve nada”, relatou a pensionista Maria Carvalho da Silva, 73 anos, que reside ao lado da unidade.

Sobre o CEO

Oferece atendimento em nível de abrigo a crianças e adolescentes do sexo masculino, que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social e pessoal, vindas de todo o Estado ou em trânsito.

Elas são encaminhadas pela 16ª Vara Cível de Aracaju e demais Comarcas do interior e Conselhos Tutelares em caráter provisório e excepcional. O acolhimento tem como objetivo restabelecer laços familiares ou servir de transição para adoção de crianças e adolescentes por famílias substitutas.

No período de acolhimento, as crianças e adolescentes têm acompanhamento médico e psicossocial. Eles são matriculados em escolas públicas da comunidade e trimestralmente a equipe técnica faz o acompanhamento da evolução escolar de cada um.