Tratamento de dependentes químicos é abordado em capacitação com canadenses

O Plano Estadual de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas foi discutido nesta sexta-feira, 26, a partir da perspectiva do tratamento de jovens e adultos que fazem uso abusivo de entorpecentes. Resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Centro para Adicção e Saúde Mental (CAMH, sigla em inglês), de Toronto, no Canadá, o curso reuniu técnicos dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e profissionais de urgência mental dos hospitais de referência.

O evento começou na última quarta-feira, 24, e também compõe o programa de capacitação firmado desde julho deste ano, com foco no trabalho intersetorial para o cuidado desses pacientes. O principal objetivo da capacitação é aperfeiçoar as técnicas de abordagem às pessoas que abusam do uso de drogas. “Queremos que os profissionais se aprofundem nas técnicas de entrevista motivacional, intervenções breves e terapia cognitiva comportamental”, explicou Ana Raquel Santiago, diretora de Atenção Psicossocial da SES.

O especialista da instituição canadense CAMH, Jaime Sapag, informou que as técnicas apresentadas são orientadas no engajamento de profissionais de saúde e usuários de forma intersetorial. “Não só os profissionais de saúde mental, mas todos aqueles que compõem o sistema de saúde, como a Atenção Primária, vão poder acolher os dependentes químicos”, afirmou Sapag.

Quanto ao engajamento dos pacientes, ele explicou que a abordagem os fazem pensar sobre o uso de drogas. “Progressivamente, eles vão aprender a tomar conta deles mesmos. Os questionamentos apresentados por eles e sobre eles farão com que mudem de atitude”, explicou o especialista.

Para a assistente social do Caps de Nossa Senhora de Socorro, Gilza Nascimento, o curso vem para trazer um aprofundamento maior sobre o assunto. “Agora vou poder melhorar a abordagem aos usuários do Centro de Atenção Psicossocial e implantar de outra forma a entrevista motivacional e a redução de danos na unidade”, afirmou a assistente social.