Técnicos discutem ampliação do uso da mandioca
Elaborar uma proposta com estudos para o uso da mandioca na alimentação animal, na produção de álcool etílico e na indústria de amido para o período de 2009/2012. Este foi um dos pontos abordados na terceira reunião de planejamento de execução do projeto ‘Melhoramento de Mandioca para Biofortificação e para a Indústria de Farinha e Fécula’, realizada nesta terça-feira, 11, no auditório da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju. Durante o evento, foram apresentados os resultados das atividades realizadas até 2007 no cultivo da mandioca.
O encontro, que continua nesta quarta-feira, 12, reúne os maiores especialistas da cultura da mandioca da Embrapa nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. A mandioca é cultivada em diversos municípios sergipanos.
A pesquisadora Wania Fukuda, da Embrapa, falou sobre o ‘Melhoramento da Mandioca para Biofortificação e Farinha e Fécula’. Ela apresentou o uso da mandioca voltado para a fabricação da farinha. De acordo com a pesquisadora, a mandioca tem potencial, inclusive, para dar uma melhor condição de vida ao agricultor, já que ela pode ser utilizada na produção de elementos de alta qualidade para as indústrias de amido e de álcool etílico, o que seria, inclusive, uma alternativa para a produção de biocombustíveis.
Outro ponto abordado durante a reunião foi sobre a produtividade da mandioca. As técnicas em prática atualmente, com as variedades utilizadas, rendem em torno de 14 toneladas por hectare. Segundo os técnicos da Embrapa, com a substituição das variedades por outras que estão sendo pesquisadas pelo órgão, a produtividade poderia chegar a 80 toneladas por hectare. Com essa mudança, a produção em Sergipe poderia chegar a quatro milhões de toneladas por ano.
Apoio
O chefe-geral da Embrapa em Aracaju, Edmar Ramos de Siqueira enfatizou a parceria entre diversos setores produtivos de Sergipe. Entre eles, foram destacados a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que respalda a assistência técnica e dissemina conhecimentos junto aos agricultores; o Banco do Nordeste, o Sebrae, o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação da Tecnologia de Sergipe(Fapitec).
"Estamos orgulhosos por esse encontro acontecer em Sergipe, notadamente quando vemos a percepção que hoje se apreende em todo país pela perspectiva de viabilidade da produção do etanol de excelente qualidade a partir da mandioca", disse ele.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Técnicos discutem ampliação do uso da mandioca – Foto: Luiz Carlos Moreira/Seagri