Técnicos de SE são capacitados para integrar Pesquisa Nacional de Saúde Bucal
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou da segunda etapa do processo de implementação da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal por amostragem, do Ministério da Saúde (MS). Serão pesquisados em Sergipe, os municípios de Aracaju e Arauá. Nesta terça-feira, 9, foi concluída a Oficina de Calibração dos técnicos que farão o estudo no estado, intitulado Saúde Bucal Brasil 2010.
Segundo Guadalupe Ferreira, coordenadora de Saúde Bucal da Atenção Básica da SES, o evento teve a participação de representantes da SES, dos municípios de Aracaju e Arauá, das microrregiões de Saúde, das universidades Tiradentes e Federal de Sergipe, do Conselho Regional de Odontologia (CRO) e do Sindicato dos Odontólogos do estado. “A oficina foi realizada com o propósito de situar os profissionais sobre como vai funcionar a pesquisa”, explicou.
Para o treinamento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibilizou palm-tops (computadores de bordo) usados para fazer recenseamento da população. “Estes aparelhos serão usados na pesquisa para dar maior agilidade nos resultados, por isso os calibradores foram treinados para manuseá-los”, esclareceu Guadalupe Ferreira.
Extensão
De acordo com ela, a SES vai aproveitar todo o processo do estudo nacional e fazer um formato ampliado para cerca de 30 municípios. O objetivo é saber como anda a situação de saúde bucal no estado. “Somente com a pesquisa sendo feita em Aracaju e Arauá não daria para traçarmos o perfil da saúde bucal em Sergipe. Então, manifestamos ao MS o interesse em realizarmos a pesquisa em outras localidades”, disse a gestora da SES.
Guadalupe Ferreira acrescenta que o resultado irá pautar a política estadual de saúde bucal dentro da realidade de cada região. “É um ganho para o estado aproveitar e fazer a pesquisa”, destacou o instrutor da oficina Paulo Goes, representante do Centro Colaborador de Vigilância à Saúde Bucal ligado à Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), que presta serviço ao Ministério da Saúde.
Paulo Góes avaliou que Sergipe já dispõe de técnicos qualificados com conhecimento acumulado para repassar aos demais e ainda contará com o apoio do MS. “Vejo isso como uma forma inteligente de diagnosticar a saúde bucal da população sergipana sem gastar muito”, ressaltou Paulo, acrescentando que no Nordeste, além de Sergipe, somente Alagoas e Pernambuco demonstraram interesse em fazer o estudo ampliado.
Pesquisa
A primeira fase desse processo de implementação da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal em Sergipe foi realizada em dezembro do ano passado e serviu para apresentar o projeto. “Nesta etapa estamos capacitando a equipe local e a terceira já vai acontecer nos municípios com os examinadores”, informou o instrutor da oficina.
Em Sergipe, será entrevistado um total de 1.500 pessoas, sendo 1.250 em Aracaju e 250 em Arauá. Todas as capitais fazem parte do estudo. Para a escolha das cidades de pequeno porte, o Ministério da Saúde levou em consideração alguns critérios epidemiológicos. “Vamos pesquisar vários problemas de saúde bucal nas pessoas, como o trauma dental, doenças em relação à gengiva, entre outros. Vamos saber também a quantidade de acesso aos dentistas”, informou Góes.
Em 2003, foram disponibilizados pelo governo federal R$ 50 milhões e, em 2007, R$ 1 bilhão para a Política de Saúde Bucal. “O ministério nunca dispensou tanto dinheiro em tão pouco tempo para nenhuma política de saúde, como fez com a de Saúde Bucal. Então, esta política precisa ser avaliada para que as ações sejam feitas em bases sólidas”, enfatizou, acrescentando que a perspectiva é que em abril os calibradores saiam a campo e, até o final do ano, já se tenha o resultado no Brasil inteiro.
- Técnicos de SE são capacitados para integrar Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Foto: Márcio Garcez/Saúde