[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Alunos do curso de mestrado em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) assistiram durante a manhã desta quarta-feira, 5, uma palestra sobre “Aspectos legais e institucionais da Política de Recursos Hídricos”, ministrada pelo superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Semarh), Ailton Rocha. A palestra que aconteceu na didática VI da própria instituição, teve como finalidade apresentar as ações do Governo do Estado na gestão integrada da Política Estadual de Recursos Hídricos durante seus 15 anos.

Diante de um vasto processo de lutas e conquistas para a construção de uma política voltada para os recursos hídricos em Sergipe, Ailton Rocha citou algumas ações realizadas pelo Estado durante os anos de 1997 até os dias atuais, enfatizando a criação do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH), a implantação da outorga de direito de uso de recursos hídricos, a análise e proposta da rede hidrometeorológica e de qualidade das águas, como também a reforma, ampliação e automação dos sistemas integrados de adutoras do Agreste e Piauitinga.

“Vale destacar que durante esse período de 15 anos criamos também os comitês das bacias hidrográficas dos rios Sergipe, Piauí e Japaratuba, o estudo de aquíferos da grande Aracaju e da região centro sul de Sergipe, assim como a elaboração do Atlas Digital que se constitui numa ferramenta de extremo valor para o planejamento da água no território sergipano”, disse.

Mais ações

Em relação à implementação, operação e manutenção da rede meteorológica de Sergipe, Ailton Rocha afirmou que a Semarh juntamente com alguns parceiros do governo federal, a exemplo dos Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovação investiram cerca de R$ 2,1 milhões na previsão de tempo e clima em Sergipe.

“Hoje Sergipe possui 13 estações agrometeorológicas automáticas e 18 telepluviômetros com transmissão de dados por satélite de modo a cobrir a extensão territorial do nosso estado”, comentou o superintendente, enfatizando que esses monitoramentos dos parâmetros climáticos permitem o estabelecimento de séries históricas que irão subsidiar previsões do tempo e clima, auxiliando no planejamento agrícola como ainda no dimensionamento de estruturas hidráulicas e estudos hidrológicos.

Por apresentar diversos problemas relacionados à gestão da água no meio urbano, a exemplo da falta de tratamento de esgotos, disponibilidade hídrica e drenagem urbana na região metropolitana da grande Aracaju, Ailton destacou ainda que o Governo do Estado, através da Semarh, e o Banco Mundial fizeram um estudo com a finalidade de dotar a RMA de uma estratégia integrada para a gestão das águas urbanas, visando à mitigação dos impactos existentes e um desenvolvimento equilibrado e sustentável. “Esse estudo contemplou a elaboração de projetos pilotos na América Latina para as cidades de Tegucigalpa, Aracaju e Assunção”, frisou.

Falou também da ampliação e modernização das adutoras do Alto Sertão e Sertaneja, concebidas há mais de 25 anos, além da construção da Adutora do Semi-árido que permite a regularização do abastecimento das localidades atendidas estendendo o benefício a centenas de novos povoados, que não contam com fontes alternativas de abastecimento.

“Essas iniciativas do governo, concluída em dezembro de 2011, com investimento na ordem de R$ 107,6 milhões, recursos do Estado de Sergipe e do Japan Bank for International Cooperation (JBIC) ampliaram de 170 mil para 330 mil o número de pessoas atendidas, residentes na região mais carente do estado”, citou.

Sobre os programas e projetos de recursos hídricos, Ailton Rocha, falou sobre o ‘Água Doce’ (PAD) que tem como foco garantir água de boa qualidade para consumo humano, em localidades difusas do semi-árido. “Ele tem como prioridade o atendimento das comunidades do semi-árido, a partir da dessalinização das águas subterrâneas captadas de poços tubulares profundos, cujas localidades apresentam os menores índices pluviométricos, ausência ou dificuldade de acesso a água potável, maiores índices de mortalidade infantil e menores índices de Desenvolvimento Humano – IDH por município”, afirmou.

O superintendente finalizou a palestra dizendo que o Governo do Estado, através da Semarh, vem recuperando sistemas de dessalinização e implantando novos equipamentos na região, tornando as comunidades independentes de ações atenuantes nos períodos mais secos, gerando o menor impacto ambiental e proporcionando novas alternativas para a produção de alimento e renda.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.