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Policiais civis e militares, bombeiros, profissionais de segurança de empresas privadas e convidados participaram nesta terça-feira, 20, no auditório do Hotel Parque dos Coqueiros, em Aracaju, do I Seminário Avançado de Inteligência Estratégica e Segurança. O evento tem como objetivo criar um conceito doutrinário de inteligência, amparado nos princípios atualmente usados no Brasil.

De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização, Armas, Explosivos e Produtos Controlados (Dfae), delegado Jocélio Fróes, um dos organizadores do evento, a produção do conhecimento de um núcleo de inteligência não está voltada única e exclusivamente para a investigação policial. Segundo ele, a principal função de um setor de inteligência é oferecer uma gama de informações a fim de que o administrador público possa tomar decisões de maneira segura e firme.

Com amplo conhecimento da função e possuidor do curso superior de Segurança Estratégica e de Altos Estudos de Políticas Estratégicas, ambos concluídos na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, o delegado Jocélio disse que o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) é voltado para atividade de investigação policial. "O que propomos com esse seminário é a uniformização de conceitos para mostrar a necessidade que tem a SSP de criar seu Núcleo de Inteligência Estratégico para usá-lo em diversas atividades".

Para o oficial de inteligência e titular da Escola Superior de Guerra, ligada ao Ministério da Defesa, Raimundo Teixeira, o Brasil tem uma boa estrutura de inteligência, mas que não é bem aproveitada. Segundo ele, a inteligência não decide, não prende, não tortura, apenas informa. "Aqui no Brasil, a inteligência raramente é acionada. Quando ela toma iniciativa, dificilmente é ouvida por três razões distintas. A primeira é porque o Brasil não tem tradição na área de inteligência. A segunda razão é porque não temos essa cultura; e por fim, não temos inimigos externos", declarou.

Mesmo sem os inimigos externos, o oficial afirmou que o Brasil, devido à importância de liderança na América do Sul, tem produzido bons trabalhos na questão do conflito envolvendo Equador, Venezuela e Colômbia. Segundo ele, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), aliada aos setores de inteligência da Polícia Federal, Marinha, Exército, entre outros, tem produzido informações ao governo brasileiro. "Só não sei informar se os governantes estão fazendo uso dessas informações", disse.

O secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, prestigiou o evento e disse que palestras como essas trazem conhecimentos não apenas para as polícias do Estado, como também para toda a sociedade. "Esse evento, feito em parceria com as empresas de vigilância, é de grande importância para Sergipe, porque eles também precisam desse conhecimento", afirmou o secretário.

A titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado, delegada Danielle Garcia, foi mais além ao dizer que todo trabalho da polícia é pautado na inteligência. "A proximidade de nossa delegacia com a Dipol é muito grande, quase sempre trabalhamos pautados na inteligência", destacou. Já o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Sergipe, Marco Aurélio Pinheiro, disse que é inadmissível que um sindicato que tem mais de cinco empresas filiadas fique de fora das questões de segurança pública.

Também estiveram presentes ao evento o superintendente da Polícia Federal, delegado Paulo Bezerra, o superintendente da Policia Civil, delegado Gilberto Guimarães ,o comandante da Guarda Municipal de Aracaju, coronel Magno Silvestre, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Reginaldo Moura, o chefe do Gabinete Militar do Governador, tenente coronel Carlos Augusto, coronel Genário dos Santos, representando o comandante geral da PM, o deputado estadual Garibalde Mendonça, representantes da OAB, Capitania dos Portos e entidades de classe.

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