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A Secretaria da Segurança Pública (SSP) organizou na manhã desta segunda-feira, 24, no auditório da Academia de Polícia Civil (Acadepol), uma entrevista coletiva à imprensa com os policiais envolvidos no comando da operação que perseguiu por duas semanas o adolescente Cleverton Santos Reis, 17 anos, mais conhecido como ‘Pipita’. O adolescente morreu em confronto no último sábado, dia 22, após uma troca de tiros com a polícia.

Os detalhes da operação foram esclarecidos em duas rodadas de perguntas feitas pelos jornalistas e radialistas ao diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), delegado Marcelo Cardoso, ao diretor do Sistema Integrado da Segurança Pública (Sisp), Gabriel Nogueira, ao coordenador da Delegacia de Tomar do Geru, delegado Osvaldo Rezende, ao comandante do Batalhão de Choque da PM, major Carlos Rolemberg, e ao piloto do helicóptero, Anselmo Morais. Também participaram da coletiva o secretário da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, o superintendente da Polícia Civil, delegado Gilberto Guimarães, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel José Péricles. O primeiro questionamento da imprensa foi acerca das garantias que o Estado dará ao trabalhador rural de 71 anos que feriu ‘Pepita’.

O delegado Marcelo Cardoso garantiu que o lavrador José Barbosa, que entrou em confronto com Pipita no dia de sua morte não vai sofrer nenhuma sanção penal, já que agiu em legitima defesa. "A SSP vai assumir inclusive o conserto da porta quebrada pelo infrator", garantiu o delegado, afirmando que o caso ‘Pipita’ evidenciou ainda mais a integração das Polícias Civil e Militar.

Ele enalteceu o trabalho dos policiais e descartou a idéia de que a polícia demorou a solucionar o caso. Cardoso enfatizou que o seqüestro feito pelo adolescente tem características únicas em Sergipe, justamente pela ausência de cativeiro fixo, pelo conhecimento da área demonstrado pelo infrator, pela grande mobilidade, obrigando as reféns a andarem vários quilômetros por dia, entre outros aspectos.

A intensificação do policiamento veio à tona na tarde da última quarta-feira, quando os policiais o cercaram. Na oportunidade, ‘Pipita’ e ‘Gago’, um de seus comparsas, mantinham duas adolescentes como reféns.  Ao perceber a presença da polícia, a dupla fugiu, mas a adolescente de 15 anos de idade torceu o pé e foi largada pelos seqüestradores. No dia seguinte, a segunda refém, de 13 anos, aproveitou a distração de ‘Pipita’ e fugiu indo ao encontro dos policiais.

Em relação a ‘Gago’, que está foragido, a polícia trabalha com duas hipóteses. A primeira é a de que ‘Pipita’ o tenha matado, após um desentendimento, já que este comparsa queria se entregar. A segunda linha de investigação trabalha com a hipótese de que ele tenha conseguido chegar à Bahia, sua terra de origem. Para o delegado de Tomar de Geru, não houve esmorecimento ou omissão por parte da Segurança Pública. "Em dois meses prendemos duas quadrilhas, além de um fazendeiro que dava suporte financeiro ao bando", disse Osvaldo, afirmando que em dois meses de efetivo trabalho foram 11 presos e dois mortos em confronto.

O secretário Kércio Pinto refutou a idéia de que a SSP sabia das ações criminosas de ‘Pipita’ desde agosto do ano passado. "Isso não é verdade. A partir de janeiro desse ano, quando tivemos conhecimento das ações dele na região, intensificamos o policiamento, inclusive, com apoio da Polícia de Rio Real, na Bahia. Nomeamos um delegado para a cidade e em pouco tempo 11 pessoas foram presas e dois mortos em confronto".

Um ponto destacado pelo diretor do Sistema de Inteligência de Segurança Pública (Sisp), delegado Gabriel Nogueira, foi o grande número de trotes passados com o objetivo de facilitar a fuga de ‘Pipita’. "A atividade policial trabalha com informação. Entretanto, boa parte delas tinha o intuito de desviar a polícia de alguns locais só para aliviar a perseguição e facilitar a fuga do infrator".

Marcelo Cardoso ainda informou que em ocorrências de seqüestro a polícia não pode dar prazo para encontrar seqüestradores e reféns. "O objetivo inicial da polícia é resguardar a vida das reféns. Esse é um trabalho de planejamento e não poderíamos, em hipótese alguma, ser guiados pelos anseios de familiares e da imprensa". Na operação, um policial foi picado por uma cobra, outro sofreu um ataque de abelhas e terceiro que levou um tiro de raspão. "Os demais passaram até 48 horas, ininterruptas, nas buscas", acrescentou.

Participaram da operação policiais do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Comando de Operações Especiais (COE), Batalhão de Choque da PM, Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), 6º Batalhão da PM e delegacias de Cristinápolis, Tomar do Geru, Itabaianinha, Tobias Barreto, Estância, Pedrinhas, Itaporanga D’Ajuda e Boquim.

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