[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A arte integrada ao processo de ressocialização e reinserção do jovem na sociedade. É com esse foco que seis adolescentes que cumprem medida em regime semi-aberto na Comunidade de Ação Socieducativa São Francisco de Assis (Case), foram matriculados na Escola Oficina de Artes Valdice Teles, unidade da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju).

Lá os socioeducandos participam de aulas de percussão, violão popular e teoria e prática da dança contemporânea. “Trouxemos a proposta para eles e cada um escolheu participar da atividade que mais se identificava”, explica a pedagoga Louise Ribeiro.

Graças a uma parceria entre a Prefeitura de Aracaju e a Fundação Renascer, houve dispensa no pagamento das taxas de matrícula e mensalidades, cabendo à instituição custear apenas o transporte. Segundo o diretor da Case, o psicólogo Jose Fernando da Costa, a reserva de vagas foi feita desde dezembro do ano passado.

“Eles [os adolescentes] pedem cursos profissionalizantes para não voltar a cometer infrações, mas para a pessoa com pouco estudo a opção é mínima”. O diretor destaca que a profissão mais lembrada pelos socioeducandos é a de ajudante de pedreiro. “É uma profissão muito digna e nobre, mas são jovens entre 15 e 17 anos que tem um futuro enorme pela frente e precisam ter um leque de opções”, pontua.

Novas perspectivas

Com a participação dos adolescentes em atividades artísticas e culturais, o diretor espera que eles despertem para novas possibilidades e trilhem novos caminhos. “Será uma atividade de lazer, que vai dar prazer e poderá trazer retorno financeiro. Eles podem vir a ser músicos, dançarinos”, ressaltou Fernando. Os seis adolescentes foram matriculados em horários que não os impeçam de frequentar as aulas do ensino formal e de estágios.

A Case já dispõe de dois violões, instrumentos que serão usados na escola de artes e para eles continuarem se exercitando na unidade, que já oferece aulas de dança. A pedagoga Louise Ribeiro lembrou que a parceria existe desde o ano passado, quando um adolescente se inscreveu, mas acabou desistindo por haver conflito de horário com o do estágio que ele participava.

“Durante as aulas, os adolescentes terão a oportunidade de interagir com outras pessoas da comunidade, o que possibilita a sua reinserção na sociedade. É importante esse contato com outras pessoas dentro do processo de ressocialização”, lembrou Louise.

De acordo com o diretor da Case todo ser humano na visão da psicologia consegue se transformar. “Então pensamos o ser humano como um todo e quando olhamos para ele não o vemos apenas como um menor infrator. Ele é um ser humano e pode mudar. Então vamos proporcionar as condições para que essa mudança ocorra”, destacou.

As aulas na Escola Oficina de Artes Valdice Teles, que funciona na avenida Ivo do Prado, próximo ao Cultart, estão previstas para começar no próximo dia 21. A Case é uma das quatro unidades socioeducativas da Fundação Renascer e é responsável pelo atendimento dos adolescentes beneficiados com a progressão de regime de internação ou que foram sentenciados a cumprir a medida em semiliberdade.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.