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Em virtude da proximidade do período chuvoso no Nordeste, 18 profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) participaram, no último sábado, 5, do ‘I Simulado de Deslizamento em Encostas’, realizado numa área de risco próximo à rua Curitiba, no Bairro Industrial, em Aracaju.

A iniciativa é uma promoção do Governo de Sergipe, da Prefeitura de Aracaju e do Ministério da Integração Nacional, através da Coordenadoria Especial de Defesa Civil (Codec), da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Aracaju (Comdec) e da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec).

O simulado consiste na preparação e orientação das comunidades suscetíveis a áreas de risco e dos órgãos de resposta e apoio às tragédias emergenciais relacionadas ou desencadeadas pelas chuvas, especialmente nas encostas, a partir de operacionalizações estratégicas de controle e gestão em casos de desastres.

Além do Samu, Defesas Civis Estadual e Municipal, Guarda Municipal, Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) permaneceram engajados na iniciativa.

De acordo com o gerente do Núcleo de Educação Permanente (NEP/Samu), Ronei Melo, o atendimento pré-hospitalar oferecido pelo Samu é imprescindível numa ação coletiva dessa natureza.

“O grande diferencial no atendimento em casos de desastres, como deslizamento em encostas, é o quantitativo de pessoas envolvidas, o que se configuraria um incidente com múltiplas vítimas. O simulado, portanto, está preparando profissionais do Samu para atender com organização a um número maior de pacientes já considerados em estado grave em detrimento do acontecido. Salvar os que, teoricamente, não estejam em estado tão grave, adaptar o número de profissionais e a quantidade de recursos às necessidades emergenciais são os nossos grandes desafios”, explicou o gerente.

Planos de salvamento

Para garantir o êxito dos serviços de urgência oferecidos durante o simulado, o Samu disponibilizou uma Unidade de Suporte Avançado (USA), uma de Suporte Básico (USB), além de duas motolâncias. Logo após os resgates, as vítimas do soterramento encontradas na área de risco isolada exclusivamente para o treinamento foram levadas para lonas diferenciadas por cores, de acordo com a prioridade de remoção para unidades públicas de saúde.

Segundo o superintendente do Samu 192 Sergipe, Leonardo Coelho, um plano de atendimento a múltiplas vítimas está sendo elaborado, além de um novo plano de contingência, mediante a parceria da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

“O Samu ainda pretende oferecer um treinamento específico para todos os seus profissionais, antes mesmo do período de chuvas em Sergipe, uma vez que o quantitativo de pessoal, numa equipe que atua no resgate de múltiplas vítimas, é definido pelo local atingido e pela dimensão da demanda assumida. A simulação, entretanto, representa um indicativo que aponta para a elaboração do plano de atendimento com base nos efeitos sazonais da localidade ao longo do ano”, assegurou Leonardo Coelho.

Preparação das comunidades

Para a chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Cristiane da Silva Antunes, a principal razão de ser do simulado é preparar as comunidades para enfrentar o quadrante chuvoso que, normalmente, acontece nesse período, na Região Nordeste. “Em primeira instância, promovemos oficinas de preparação, nas quais foram ensinados em cada município, em especial, os prioritários no que diz respeito a deslizamentos, enxurradas e enchentes, métodos para elaboração de um plano de contingência. Dessa forma, será possível minimizar os efeitos desastrosos das chuvas e conscientizar melhor as populações sobre os principais riscos e sobre como proceder em situações de emergência”, ressaltou.

Enquanto órgão respondedor direto numa situação catastrófica, o Corpo de Bombeiros esteve representado no simulado através da participação de 26 profissionais. Conforme parecer do assessor de comunicação da instituição, capitão Luiz Carlos Alves, o aperfeiçoamento das técnicas de resgate em situação de colapso de estrutura é essencial. “O Corpo de Bombeiros, normalmente, é o primeiro órgão a ser acionado. Através do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), os demais órgãos de resposta são informados da ocorrência, entre eles, Samu, Defesa Civil e SMTT. Daí a importância da qualidade da ação conjunta. Por isso participamos das reuniões preparatórias com vistas ao maior engajamento dos envolvidos e ao favorecimento máximo das resoluções”, frisou o assessor.

A moradora do bairro Industrial, Maria de Lourdes Pessoa, 58 anos, garantiu que se sente preparada para lidar com situações catastróficas ocasionadas pelas chuvas torrenciais. “Tive a minha casa soterrada após uma enchente, por isso tenho interesse em aprender mais sobre o que fazer num momento tão difícil. Agradeço aos profissionais que estão nos orientando para preservarmos melhor não só os nossos lares, mas especialmente, a nossa família”, destacou a cidadã, ao lado de profissionais do Samu.

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