SES realiza seminário em comemoração ao Dia da Luta Antimanicomial
Amanhã, sexta-feira, 17, a Secretaria Estadual da Saúde (SES), através da coordenação de Atenção Psicossocial, realizará o Seminário em comemoração ao Dia da Luta Antimanicomial, comemorado em todo o país no dia 18 de maio. O evento, que acontecerá na Universidade Tiradentes (Unit), pretende discutir sobre a assistência prestada ao paciente com transtorno mental e analisar as transformações e os impactos que existem na sociedade. A coordenadora de Atenção Psicossocial da SES, Sony Petris, fala sobre os avanços e a assistência prestada em Sergipe.
ASCOM/SES – O que representa o Dia da Luta Antimanicomial?
Sony Petris – Esse movimento representa um processo de mudança nos serviços psiquiátricos, que prioriza a assistência diferenciada. Ele está ligado à Reforma Sanitária e Gerencial do Sistema Único de Saúde (SUS) e exclui a ideia de que é preciso isolar a pessoa com transtorno mental. Hoje, temos mostrado que, ao contrário desse método, é possível obter bons resultados através da vivência em sociedade e da integração.
ASCOM/SES – Do ponto de vista assistencial, quais são os avanços que podem ser analisados em Sergipe?
SP- Aqui no Estado, renovamos a característica do cuidado. Ampliamos o serviço oferecido e estamos construindo uma rede de cuidado como forma de consolidar um novo modelo de assistência, no qual é priorizado o cuidado em liberdade e a vivência integrada com a família e a sociedade. Além da ampliação dos serviços, também promovemos a qualificação dos profissionais, porque sabemos que esse é um cuidado diferente, que envolve uma mudança completa de atuação e de condução dos profissionais, da sociedade e dos próprios usuários. Por isso, passamos a trabalhar com a relação de direitos e deveres, em vez de manter a relação de vigiar e punir.
ASCOM/SES – Nos Centros de Assistência Psicossocial (CAPS), os usuários e seus familiares encontram uma assistência. Como ela é oferecida?
SP – O CAPS é o serviço principal do cuidado para a pessoa com transtorno mental grave. É uma clínica que trabalha a multidisciplinaridade e que não foca apenas na doença, mas promove o acolhimento e realiza a construção de um projeto terapêutico para cada indivíduo, como forma de tratá-lo dentro de sua singularidade.
ASCOM/SES – Qual o papel da família no tratamento, ao longo de todo o processo?
SP – A participação da família é fundamental. Ela é um importante aliado nesse processo e pode contribuir ajudando nas atividades e na mudança no olhar para o próprio usuário, através do acompanhamento do tratamento e do entendimento sobre a necessidade de sua inserção na sociedade.
ASCOM/SES – Quem pode participar do evento? Como os interessados podem se inscrever?
SP – Serão disponibilizadas 400 vagas para os trabalhadores da saúde mental, universitários que se interessem pelo tema, usuários do serviço e seus familiares. As inscrições serão feitas antes do início das atividades e é gratuita. O evento iniciará às 8h e está previsto para encerrar às 16h. Ao final, os participantes receberão um certificado de participação.
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