SES pede apoio de médicos na Somese em luta contra a Sífilis

A convite da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou de um almoço na quinta-feira, 6, com os médicos na sede da entidade para falar do Plano Estadual de Eliminação da Sífilis Congênita. Na ocasião, o gerente do Programa Estadual de DST/Aids da SES, o médico Almir Santana, representou a secretaria e falou sobre a importância da conscientização dos profissionais para que incentivem as mulheres grávidas e seus parceiros a realizarem o exame de pré-natal o mais cedo possível.
 
“Até o mês de setembro, Sergipe registrou 112 casos de sífilis congênita. Portanto, o médico deve ficar atento ao diagnóstico e ao pré-natal para que a gestante faça esse acompanhamento o mais cedo possível. Outro ponto importante é que os médicos fiquem atentos para chamar o parceiro para fazer o pré-natal, pois a falha do tratamento está na ausência do parceiro no processo”, comentou.
 
A SES elaborou uma cartilha em forma de convite para que os parceiros de mulheres gestantes façam exame de sangue para detectar a doença. Dessa forma, é possível evitar que o bebê seja contaminado ainda no útero, gerando problemas no feto. Na ocasião, Almir Santana aproveitou para ressaltar também sobre a importância da prevenção do vírus da Aids, o HIV.
 
De acordo com o presidente da Somese, Petrônio Andrade Gomes, a ideia do convite surgiu após uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães. “Nós fomos convidados há uns dois meses pelo secretário de Saúde para que a Somese ajude nessa campanha contra a Sífilis. A SES observou um dado alarmante no aumento da taxa de sífilis nas gestantes. Então, nos somamos à secretaria para que possamos fazer campanha também. A vinda de Almir Santana é justamente para isso, para alertar os médicos, principalmente os que trabalham em postos de saúde. O médico tem de estar informado desse problema para que possa combater a disseminação da doença”, informou.
 
Conscientização da classe
 
O diretor do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Luiz Carlos Spina, ressaltou a importância de fazer o diagnóstico logo no início. “Dessa forma, o tratamento é conduzido mais rapidamente. Mas ainda dentro da parte de prevenção, o médico tem uma importância maior, já que estamos vendo a sífilis reaparecendo nas crianças e acreditamos que o profissional tem a finalidade de procurar fazer tudo que for possível para conduzir essa prevenção”, ponderou.
 
Para o diretor do Conselho Regional de Medicina (CRM), José Roberto Melara, os municípios têm de contratar mais médicos. “Não existe o Ministério Público sem promotor, não existe Assembleia Legislativa sem o deputado, assim como não acreditamos em nenhum movimento realizado pela Secretaria de Saúde que não tenha um médico dentro do serviço. Então, o que o CRM exige dentro desses serviços todos, é que qualquer diagnóstico e tratamento a qualquer tipo de doença sejam feitos por um profissional médico, pois ele é quem é habilitado para tratar da população”, finalizou.