Sergipe terá 50 representantes em Conferência Nacional de Políticas para Mulheres
Muito debate, considerações e trabalho. Foi nesse clima democrático que começou o segundo dia da Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, com a apresentação de um grupo de samba de pareia, formado por mulheres quilombolas. Durante todo o resto da manhã, as delegadas de todos os municípios sergipanos que estiveram presentes ao evento, participaram da leitura e aprovação do regimento desta II Conferência Estadual.
Também foram aprovadas em plenária as propostas que saíram dos encontros regionais realizados no primeiro semestre. Encerando o dia, foram eleitas 50 delegadas divididas da seguinte forma: 30 representantes da sociedade civil, 15 dos governos municipais e 5 do governo estadual. As eleitas vão representar Sergipe na II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que acontece em Brasília de 17 a 20 de agosto.
Palestra
O último dia da conferência contou ainda com a palestra da ex-deputada federal Luci Teresinha Choinacki. Indicada para receber o prêmio Nobel da paz, Luci Teresinha falou sobre um dos temas principais da conferência, que é a participação das mulheres nos espaço de poder. Numa palestra motivacional, a ex-deputada, que também foi trabalhadora rural, falou de sua experiência de vida e da necessidade de se construir um processo de participação política das mulheres, de maneira a trazer projetos que mudem e transformem a vida das classes femininas.
A palestrante destacou também que é necessário desconstruir o imaginário de que as mulheres não estão preparadas para o poder. Segundo Luci, este é um momento feminino, de trazer para a política valores novos e desconstruir aquilo que é velho, atrasado, que é reacionário e só traz sofrimento para a sociedade.
Ao ser questionada a respeito da consciência das mulheres em relação à ocupação dos espaços da poder, Luci foi enfática. "Isso é um processo. Eu acho que aumentou a conscientização, mas as mulheres não têm aquela garra ainda. Elas vão com tudo, mas na hora da decisão do poder, elas dizem que não estão preparadas para isso e muitas vezes acreditam nessa lenda. Mas isso é lenda, é construção cultural. As mulheres estão preparadas sim, elas sabem das suas necessidades e é preciso as estimular para isso", destacou.
Após o almoço, as participantes do evento assistiram ao painel ‘Implementação de Políticas Públicas para as Mulheres em Sergipe: conquistas e desafios’, onde foi apresentado o posicionamento das secretarias de Estado da Saúde, Trabalho, Justiça, Educação, Segurança Pública e Inclusão Social em relação às políticas para as mulheres.
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