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O Grupo de Pesquisa em Ecologia e Controle de Parasitos e Vetores de Sergipe há mais de cinco anos vem realizando estudos nas áreas de resistência e controle do Aedes aegypti, inseto transmissor da dengue. Essas pesquisas podem ter uma maior abrangência e qualidade se o grupo local trocar e complementar suas experiências com outros. Foi exatamente isso que o Programa de Apoio a Núcleos de Excelência ( Pronex) do CNPq em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) permitiu ao grupo sergipano.

A Rede Dengue tem como proposta avançar na produção de conhecimento e no desenvolvimento de ferramentas que possam colaborar com a prevenção e o controle da dengue, com o foco principal no mosquito transmissor. O trabalho em rede permite a ampliação do alcance das atividades desenvolvidas e a articulação de uma parceria inter-regional e interdisciplinar de pesquisa nesta área, agregando competências complementares que possam melhor gerir os recursos financeiros, dos equipamentos e dos profissionais.

Segundo os dados mais recentes da Secretaria de Vigilância em Saúde, em trabalho conjunto com as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, foram registrados, até a 26° semana do ano de 2010, 942.153 casos suspeitos de dengue, sendo desse total, 482.284 (51,2%) já confirmados, 153.098 (16,2%) descartados e 306.771 (32,6%) casos que permanecem em investigação. Com o aumento progressivo dos casos de dengue a cada ano, uma das estratégias utilizadas para o controle é a eliminação do vetor (mosquito) através do uso de inseticidas sintéticos, cujas aplicações foram intensificadas ao longo dos anos. Entretanto, a resistência aos produtos químicos, que pode favorecer a recuperação das populações de mosquito, aliada às condições socioambientais favoráveis à expansão do mesmo em países tropicais possibilitam o avanço da doença.

“A formação de uma Rede de Pesquisa objetiva desenvolver e avaliar novos procedimentos, tecnologias e estratégias de vigilância e de controle de dengue no Brasil, por meio de ações voltadas principalmente ao combate ao vetor. Para tanto, em Sergipe planejamos metas específicas, sendo o foco central a avaliação dos efeitos de produtos naturais e sintéticos com potencial inseticida sobre o mosquito, principalmente para identificar alternativas de controle que não apresentem resistência como os inseticidas hoje empregados” explica o Coordenador do Projeto em Sergipe, Sócrates Cabral de Holanda, da UFS.

O grupo sergipano, por meio do apoio financeiro do CNPq e da Fapitec/SE e em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro (Fiocruz/RJ), realiza testes para o controle das larvas do inseto com óleos essenciais de plantas locais, objetivando desenvolver produtos para o controle das larvas resistentes aos que são habitualmente utilizados.

“O fomento à formação de Redes de Pesquisa tem sido uma tendência nacional. É crescente a parceria entre as Fundações de Amparo a Pesquisa e com o CNPq, por meio do CONFAP, no sentido de otimizar os recursos e atender demandas comuns de pesquisa dos estados. As redes passam a ser um avanço no modelo de grupos de pesquisa, onde busca-se interagir com pesquisadores de outros estados e países. Quem ganha é a ciência e a sociedade, pois os resultados são alcançados de forma rápida e eficiente, as dificuldades de um grupo de pesquisa são supridas por outro que participa da rede.

A Fapitec/SE tem acompanhado essa tendência lançando editais para a formação de Redes de Pesquisa, a exemplo do Pronex, o Pronex Dengue e o Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota). A expectativa é dar continuidade a ações como estas em 2011” explica Marcelo Mendonça, Diretor-Técnico da Fundação

Mais informações: http://www.fapitec.se.gov.br/modules/news/article.php?storyid=463

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