Sergipe assina Carta de Intenções da Conferência de Segurança Alimentar

A delegação sergipana que participou da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, na cidade de Fortaleza, fez um balanço positivo do evento. O encontrou terminou na última sexta-feira, 6, e reuniu mais de dois mil participantes, que representaram sociedade civil e órgãos governamentais.

Fechando o evento, foi aprovada a Carta de Fortaleza, resumo do documento final do encontro, com as prioridades aprovadas durante os quatro dias de trabalho e a síntese do que pensa o povo brasileiro em relação à Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Segundo o documento, seis diretrizes devem orientar a integração entre sociedade e governo, entre elas o acesso universal à alimentação adequada e saudável, a ampliação de ações para os povos indígenas, demais povos e comunidades tradicionais e o início imediato da construção do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).

Mais de dez moções foram aprovadas, entre as quais uma contrária à transposição do rio São Francisco, um repúdio à propaganda que estimula o consumo de alimentos entre o público infantil e uma moção de apoio à ampliação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Segundo a diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional, da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (DSAN-Seides), Mirsa Leite, que representou o Estado como delegada, os resultados da Conferência foram satisfatórios "pela reafirmação do compromisso do Presidente da República em implementar a política de segurança alimentar e nutricional no Brasil, garantindo os créditos e ampliação de recursos para isso".

Outro ponto positivo destacado pela delegada foi a pluralidade que a conferência vai garantir. "A garantia da representação da pluralidade de todos os povos brasileiros como os indígenas, as comunidades tradicionais representadas pelas comunidades de terreiro, de quilombos, pelos ribeirinhos e pela população negra foi válida e positiva para atender a diversidade do Brasil", finalizou Mirsa Leite.