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Articular e mobilizar as entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, discutir as suas perspectivas e as suas metodologias de trabalho para fortalecer a agricultura familiar no Estado de Sergipe é o objetivo do I Encontro Estadual de Metodologias Participativas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que aconteceu nesta terça-feira, 22, na sede da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Segundo a articuladora de rede de Metodologias Participativas em Sergipe e técnica da Emdagro, Abeaci dos Santos, participam do evento instituições de Ater que atuam junto ao segmento agrícola do estado. Abeaci enfatizou que hoje a Extensão Rural se encontra descentralizada, onde várias instituições e entidades estão prestando assistência técnica aos agricultores familiares, sendo imprescindível que todos estejam articulados como forma de minimizar recursos, evitar paralelismo de ações e construir projetos e programas que estejam dentro de uma proposta maior de desenvolvimento no campo. “Esperamos ao final do Seminário construirmos uma rede de Metodologias integrando todos os atores envolvidos no processo”, disse

Abordada sobre o que são as metodologias participativas e a sua importância, Abeaci informou que “são instrumentos orientadores da ação extensionista. São capazes de ajudar os profissionais de Ater a dialogar com os diferentes, a entender e ampliar as várias percepções do mundo, a não ver apenas o aparente, mas centrar o olhar mais profundo sobre as realidades locais, a fortalecer o caráter educativo que sempre permeou a extensão rural, a promover a geração e apropriação coletiva de conhecimento, a não fazer apenas interpretação de problemas, mas imaginar caminhos que oportunizem o protagonismo da população rural, que quando apoiada em suas expectativas e interesses, são capazes de formar uma base sustentável de desenvolvimento no campo”, elencou a articuladora.
 
Programação

Fazem parte da programação a discussão da trajetória da Extensão Rural desde a sua origem, o processo de desestruturação e a retomada que culminou com a construção coletiva da política de Ater, que foi transformada em lei; e avaliar as metodologias, questionando se elas estão favorecendo à emancipação dos agricultores familiares, e se elas levam a fazer uma leitura de mundo para que se possa elaborar projetos consequentes para os agricultores familiares.
 
Depoimentos
 
Isabel da Silva, dos Movimentos dos Pequenos Agricultores, lembrou que a agricultura familiar produz 70% dos alimentos que vão para mesa dos brasileiros, provando que possuem conhecimentos e querem dialogar esses conhecimentos para construir propostas alternativas, a fim que de fato possam produzir alimentos agroecológicos, de qualidade para as pessoas comerem e também alimentar todo o povo brasileiro. Isabel parabenizou a Emdagro por “estar constantemente provocando a gente, mostrando que é possível as organizações sociais e as governamentais unirem as forças para que possamos de fato implementar um modelo de Ater que consiga respeitar a agricultura familiar, mas que também consiga trazer alternativas de convivência com a região semiárida e a demais do Estado de Sergipe. É importante sair daqui com a consciência que nós estamos construindo uma nova forma de fazer Ater em Sergipe”.

Para o articulador das redes de Ater do Ministério do Desenvolvimento Agrário e palestrante do dia, Hurben Costa da Silva, a essência de tratar os agricultores encontra-se nas metodologias, possibilitando a população participar e influir nas políticas públicas. Ele comparou o extensionista ao médico de família, por que ele está com agricultor ao longo da sua vida, sabe quem ele é, o que quer, conhece a sua família e está ao seu lado. “E por isso tem uma enorme responsabilidade no fortalecimento da agricultura familiar”, pontuou.

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