Seminário de Circo, Dança e Teatro promove debate sobre as artes cênicas em SE

Por Maíra Andrade, da Ascom/Secult

Discutir os avanços obtidos em 2011 e traçar as ações para o próximo ano. Esses foram os objetivos centrais do I Seminário de Circo, Dança e Teatro, aberto na manhã de sábado, 22, e que durante todo o dia reúne artistas das artes cênicas para ouvir as reivindicações e sugestões para a construção de uma política pública ainda mais forte e duradoura.

O Seminário é uma ação do Sergipe em Cena, projeto da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que vem dinamizando o cenário teatral sergipano através de suas atividades. Desde 2009 a ação realiza uma série de atividades como o Projeto Temporadas, o Edital César Macieira, os Festivais de Teatro e de Dança, além das inúmeras oficinas de formação que nestes dois anos, capacitaram centenas de agentes culturais.

Presente na cerimônia de abertura do evento, a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, falou das inúmeras conquistas alcançadas pela área e do árduo trabalho realizado na Secult para o fortalecimento e valorização da área.

“As artes cênicas cresceram consideravelmente nos últimos anos, e isso só foi possível graças ao diálogo permanente traçado entre os agentes culturais e Secretaria de Cultura. Todas as ações que realizamos até hoje, e todas as próximas que iremos alcançar, é fruto dos anseios dessa classe e isso é o mais importante. Por isso quero desejar que o debate hoje seja muito produtivo, e que novas ideias surjam para que, no próximo ano, possamos dar ainda mais vida às artes cênicas em Sergipe”, destacou a gestora.

Quem também esteve presente no evento foi o deputado estadual João Daniel (PT), que classificou como ‘brilhante’ o trabalho que tem sido realizado pela Secult e de sua constante disponibilidade para auxiliar no que for preciso nas ações para a área. “Aqui temos grandes artistas e o povo sergipano precisa cada vez mais valorizá-los, principalmente por todas as ações que têm sido desenvolvidas para área. Deixo aqui meus parabéns à secretária Eloísa por sua competente gestão, e aos artistas aqui presentes, que fazem da arte cênica sergipana um lindo espetáculo para nosso povo”, afirmou o deputado.

Iniciativa aprovada

A programação que iniciou com uma breve performance do circo Geovanini e se estendeu para um café da manhã, contou com a apresentação do bailarino Nelson Santos, que comprovou aos presentes o quanto Sergipe tem bons profissionais do campo das artes. Houve ainda durante a manhã, uma palestra do presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões de Alagoas (Sated/AL), José Vieira. Em sua explanação, Vieira contou um pouco da experiência vivida no seu Estado e debateu a importância da profissionalização e da sindicalização dos profissionais das artes cênicas.

Já durante a tarde, um almoço com a apresentação da atriz e bailarina Tânia Maria foi oferecido aos participantes. Logo em seguida, um debate sobre as ações do ‘Sergipe em Cena’ para o próximo ano. Para finalizar a programação, ocorreu um Stand up Comedy com o humorista sergipano, Bruno Kelwerneck.

Os bailarinos, atores e profissionais circenses que marcaram presença no evento se mostraram mais uma vez satisfeitos com a iniciativa da Secult. “Sai de Sergipe para fazer teatro porque no passado esta área era muito fraca, o contrário do que temos hoje. Fico muito feliz com ações como esta, e principalmente por ver que os artistas estão participando, se unindo e enxergando que a classe unida chega muito mais longe”, observou a jovem atriz Viviane D’Arck, que atua na Companhia Cultural Lápis de Cor.

A bailarina Mônica Dantas da Cia Movimente também estava muito satisfeita com a realização do seminário. Para ela ações como estas são reflexo da valorização que o governo está tendo para com as artes cênicas. “Isso tudo faz com que os artistas se sintam mais acolhidos e com mais firmeza para seguir na área”, notou.

A equilibrista e trapezista Ingrid Almeida e seu esposo Natanael Vasconcelos, que é palhaço e malabarista do circo Incaros, também não esconderam seu contentamento com o seminário. Eles que nasceram em Sergipe, mas que percorrem o país com o sangue do circo nas veias, também aprovaram o projeto. “Este tipo de evento é muito importante para nós da arte circense, pois hoje o circo é muito desvalorizado. Por isso ter uma oportunidade de debater com pessoas experientes e que querem o melhor para área, é sempre de muita valia”, afirmou Ingrid.

Oficina de Maquiagem

Além do Seminário de Circo, Dança e Teatro, realizado no sábado, durante toda a semana ocorreu a Oficina de Maquiagem Ministrada pelo oficineiro Marcelo Andriotti, que faz parte da equipe da Fundação Nacional das Artes (Funarte), o curso foi uma proposta da própria fundação e imediatamente aceita pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), realizadora da atividade.

O curso serviu para que os atores aprendessem um pouco mais sobre a técnica que fascina e passa ainda mais veracidade aos espetáculos e foi escolhida através de uma demanda da classe, que decidiu junto ao Fórum Unificado das Artes Cênicas, qual a oficina que eles mais necessitavam no momento.