Semasc incentiva crianças e adolescentes a preservar memória cultural

[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Olhar fixo, ouvidos em alerta e muita curiosidade. Estes foram os ingredientes que apimentaram a jornada ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que ocorreu de forma inusitada na manhã de hoje. Cerca de 40 crianças e adolescentes, que antes tinham apenas o trabalho infantil como perspectiva de vida, tiveram a oportunidade de ampliar seus conhecimentos, tendo acesso à literatura de cordel, numa aula espetacular que mistura o lúdico com a cultura popular. E para ministrar a aula ninguém melhor que João Firmino Cabral, uma dos renomados cordelistas sergipanos, que possui vários trabalhos publicados nesta área.

A atividade extra para a garotada é mais uma iniciativa da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), que tem procurado usar a arte-educação como instrumento de inclusão social. Cerca de 40 crianças e adolescentes atendidos pelo Peti tiveram a oportunidade de conhecer de perto a história da literatura de cordel contada pelo poeta João Firmino Cabral.
O encontro da garotada com o poeta aconteceu no mercado Thales Ferraz, onde o cordelista, que escreve suas obras há 50 anos, e também coloca suas obras para apreciação do público.

A garota ficou encantada. Paulo Vitor Ferreira Teles, 12, foi um dos adolescentes que não se intimidou em fazer perguntas. “Eu tinha essa curiosidade porque eu gosto muito da literatura de cordel e foi bom eu ter vindo aqui porque eu conheci e aprendi mais”, conta o adolescente.
O poeta João Firmino não escondeu a emoção com a visita. “Eu me sinto feliz porque são crianças que se interessam em conhecer nossa cultura. São eles que, futuramente, poderão passar essa história adiante. Infelizmente no Nordeste está se acabando, mas em outras regiões ainda permanece viva”, diz o poeta.

Além da viagem à imaginação através da literatura, a garotada também aproveitou o momento para conhecer as ervas medicinais vendidas no mercado e obter conhecimento sobre a especialidade de cada erva. Para muitos garotos, aquela teria sido a primeira oportunidade de conhecer o mercado de Aracaju, a exemplo de Luís Carlos oliveira Santos, 12. “Eu conheci o mercado que não conhecia e aprendi o que é a literatura de cordel, pois também não sabia. Foi muito bom porque conheci histórias, lendas e livros, além das plantas que fazem bem à saúde”, comenta. “O Projeto é bom por isso. Ele ensina muita coisa e também me tirou do trabalho. Antes eu trabalhava catando papelão e agora eu faço atividades que me ensinam a aprender coisas boas”, ressalta o garoto.

“Eu achei muito legal esse passeio. A gente conheceu mais sobre a história popular, as plantas medicinais e isso é muito bom pra gente. Além disso, a gente se diverte, já que é um dia diferente”, diz Valéria Teixeira Santos, 12, que está no Peti há cinco meses. “No Projeto, faço atividades muito interessantes que ajudam no meu conhecimento e dia-dia. Antes de entrar no Projeto, eu precisava vender geladinho, mas agora que entrei no Projeto eu não preciso mais. Só vou à escola e para o Projeto”, comemora.

Para a educadora social Amanda Bispo, que acompanhou a garotada no passeio, essa atividade diferente já faz parte da programação alusivas às comemorações do Dia do Folclore, comemorado no dia 22 deste mês. “Foi muito importante esse dia porque tudo que estamos mostrando faz parte do folclore e, a partir do momento que eles conhecem, eles passam a valorizar mais. Além disso, eles estão adquirindo conhecimento no modo geral e se integrando de forma diferente”, diz a educadora.

Essas crianças e adolescentes estão inseridos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), e são atendidos pela Semasc no Centro de Referência de Assistência Social do Bairro Porto Dantas, onde são desenvolvidas oficinas sócio-educativas.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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