Semarh abre Exposição do Bioma Caatinga atraindo público de todas as idades
Foi aberta na manhã desta terça-feira, 20, no Shopping Jardins, a Exposição Fotográfica, ‘O Olhar sobre a Caatinga’. Promovida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a exposição retrata a beleza cênica da região sertaneja, que sai do característico tom acinzentado da vegetação e mostra-se exuberante, reproduzindo os encantos da biodiversidade local.
”É preciso o olhar do outro para perceber o quanto o cenário da região sertaneja é belo. O olhar do artista sobre nós mesmos faz com que a gente possa reconhecer na sua arte a beleza. O olhar sobre a Caatinga representa bem isso”, comentou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Genival Nunes, ao apreciar a exposição.
“Em poucos biomas o homem é bem espécie do meio, o catingueiro semelha-se. Ele está simbioticamente dentro da caatinga. É interpretada de uma maneira tão forte pelo seu povo. O sertanejo se confunde com caatinga, é o mimetismo. As vestes, as dobras do rosto e em especial o sorriso que só acontece em raros momentos, como o colorido da caatinga, que só ocorre nos poucos períodos de chuva”, completa o secretário.
Observando a exposição, o secretário salientou que ela alerta para a conscientização do homem em relação à Caatinga por metade do território sergipano ser coberto pela vegetação e sua ocorrência ser tipicamente brasileira. Ele destaca a preocupação do Governo do Estado com relação ao povo sertanejo. “O governo entra com a sua parte social buscando a qualidade de vida, fazendo com que o povo do sertão sergipano tenha condições dignas de sobrevivência. O governo tem levando água, luz, moradia e saúde para este povo tão forte e ao mesmo tempo tão sofrido pela região”, aponta.
Presente na exposição, a geógrafa da Deso, Lilian França, disse que a exposição repassa a imagem da caatinga como um transporte para as belezas do modelo de vegetação. “E ainda para o risco de ela desaparecer, como ocorreu ao longo desses 100 anos, sendo essa vegetação tipicamente brasileira. Os recursos hídricos da região dependem dessa vegetação. O solo depende da vegetação, é através do orvalho que o solo é umidificado. Sem ela a terra é seca”, analisa Lilian.
Quem também prestigiou a abertura da exposição foi o jornalista e fundador do Instituto Vida Ativa, Luiz Eduardo Costa, defensor das questões ambientais e em especial do bioma da Caatinga. “A devastação da caatinga no estado é sempre recorrente, mediante a sua exploração para uso em olarias, padarias e de algumas fábricas. Embora a fiscalização aperte, há sempre quem burle o trabalho dos fiscais. A exposição chama a atenção para a conscientização da caatinga, que se devastada corre o risco de entrar em estado de desertificação, devido ao empobrecimento crítico do solo”, avalia.
Os alunos, professores e os coordenadores do Colégio Arquidiocesano, unidade Farolândia, também conferiram a exposição. De acordo com o professor Bezerra, além da própria compreensão do bioma, os alunos já idealizam realizar trabalhos para participarem da IV Olimpíada Ambiental que esse ano tratará da biodiversidade sergipana.
Para Yandra, Anne, Nadine, Grasyelle, de idades entre oito e nove anos e alunas do 4º ano do colégio Arqui, a exposição revelou novidades. “Vi que tem animais diferentes e também plantas que tem muitos espinhos. Também não tem muita gente morando por lá, acho que é por isso que o solo está limpinho, não tem poluição”, contou Anny Grasyelle.
Apoio
A exposição fotográfica é um ato alusivo ao Dia Nacional da Caatinga, comemorado em 28 de abril, e contou com a parceria da Deso e do Shopping Jardins. As composições das fotos foram feitas pelos biólogos Sidney Gouveia, técnico ambiental da Semarh, Raone Mendes e pelo fotógrafo Marcel Nauer.
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