Sejuc realiza palestra sobre Trabalho e Saúde no sistema penitenciário
Na manhã desta sexta-feira, 9, a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) realizou um seminário sobre Saúde e Trabalho. O evento abordou situações que envolvem o dia-a-dia dentro do sistema penitenciário. O seminário foi desenvolvido após pesquisas realizadas pela equipe da Coordenadoria de Assistência Psicosocial (Coapsi) da Sejuc. Outras palestras serão realizadas ainda nesta sexta, como "O Relacionamento na Contemporaneidade", "A Qualidade de Vida no Trabalho" e "Diversas Maneiras das Emoções Interferirem no Trabalho". Elas serão ministras por professores universitários e profissionais da área de Saúde.
O evento contou com as presenças do secretário-adjunto da Secretaria de Justiça, tenente-coronel Henrique Rocha, o corregedor da Polícia Civil, Archimedes Marques, a diretora da Escola de Gestão penitenciária (Egesp), Elane Lima, os coordenadores do Projeto "Valorizando a Vida", o psicólogo José Ricardo e a assistente social, Djáira Carvalho, estagiários dos cursos de Serviço Social e Psicologia que estagiam nas unidades da Sejuc, servidores, guardas e agentes prisionais.
De acordo com Djáira, o projeto Valorizando a Vida surgiu da necessidade de analisar a postura de agentes e guardas penitenciários. Segundo ela, o projeto reconhece a importância da preservação da saúde e estabilidade sócio-familiar para o bom funcionamento das atividades dentro das unidades onde eles trabalham.
"O objetivo principal do projeto é a formação da consciência do servidor, a favor da criação de uma cidadania destinada a uma sociedade justa, igualitária, digna e solidária", disse a psicóloga.
Valorização
A Escola de Gestão Penitenciária oferece suporte ao Coapsi para cada vez mais atender um número maior de servidores. A diretora Elane Lima informou que durante os meses de março e maio, a Egesp vai realizar cursos que viabilizem a auto-estima do servidor que trabalha dentro do sistema prisional.
Para a guarda prisional Denise Feitosa, a realização de palestras é importante para os servidores. "O agente que trabalha dentro de um presídio é muito desacreditado. A partir de seminários como esse, passaremos a construir uma nova expectativa de vida. O projeto irá dar o devido valor profissional e humano aos guardas prisionais fazendo com que a nossa auto-estima seja reerguida", disse Denise.
Pesquisa
Dados da pesquisa realizada pela Coapsi mostram que 77% dos servidores do sistema prisional nunca procuraram um psicólogo ou um assistente social para uma possível ajuda profissional. Outro fato importante avaliado pela pesquisa foi que a maioria dos guardas prisionais possui nível médio. Outros possuem nível superior completo e incompleto e alguns são pós-graduados e com mestrado. A faixa etária média entre os guardas e agentes penitenciários de Sergipe é de 40 anos.
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