Secretário fala sobre a Mata Atlântica em simpósio da UFS
A atuação da gestão pública com relação à Mata Atlântica de Sergipe foi apresentada na manhã desta segunda, 13, pelo secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Genival Nunes Silva, durante realização do I Simpósio da Mata Atlântica de Sergipe, promovido pelos alunos do Centro Acadêmico Livre de Biologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O evento ocorreu no auditório da Reitoria da UFS, a partir das 9h.
Na abertura do simpósio o vice-reitor, Ângelo Anteniolli, parabenizou a participação do Governo do Estado na contemplação do evento e destacou a importância do passado e do presente para a construção do futuro. “Genival é um exemplo de que o passado é importante para a construção do futuro. Como ex-aluno da casa, formado em Biologia, faz a gestão do Meio Ambiente de Sergipe, com base, com conhecimento. Os campos onde vocês alunos irão trilhar amanhã depende de uma história, esta, vinda do passado e do presente”, analisou o vice-reitor.
Durante a sua exposição, o secretário iniciou sua fala destacando sobre o olhar do ser humano e o resignificado das coisas. “É nosso papel contribuir para a resignificação do conceito que temos frente às questões ambientais. Continuar sendo analfabeto ambiental, na premissa de que o ser humano não tem a responsabilidade pelo que agride ao Meio Ambiente por falta de consciência ambiental é um discurso falido. Todos nós sabemos o que causa prejuízo ao Meio Ambiente, entretanto, se desgarrar do comodismo trazido pela tecnologia e o consumismo. É uma questão de cultura a ser trabalhada dentro do eu de cada um”.
“São dos ecossistemas, dos biomas e da atmosfera que vêm a energia que move esse planeta. O homem não se apercebe dessa realidade, não dá importância ou se indaga sobre de onde vem a tecnologia utilizada por ele”, completa Genival.
Preservação da Mata Atlântica
Adentrando na proteção das matas de Sergipe, o secretário destacou algumas demandas realizadas pelo Estado para combater o desmatamento.
“Junto ao Banese, a Semarh conseguiu mudar a matriz energética outrora utilizada pelas mais de 800 padarias do Estado. Ao invés de lenha, agora mais de 40% das panificadoras utilizam o forno a gás. Somos símbolo para o nordeste na mudança da matriz energética das padarias”, exemplificou.
Genival explicou ainda que o mesmo procedimento foi dado para as cerâmicas do município de Itabaianinha. “A matriz continua a mesma, lenha, porém, sob o licenciamento ambiental emitido através do Documento de Origem Florestal, o DOF. Com ele será possível saber de onde a madeira vem, quem compra”, aponta, enfatizando que a partir do mês de agosto deste ano nenhuma cerâmica do município de Itabaianinha irá funcionar sem está licenciado e com DOF em mãos.
“Gestão pública é o que fazemos. Não saímos apenas notificando e multando. Damos aos segmentos que poluem e degradam meios para o desenvolvimento sustentável. Essa é a nossa função”, garante.
O secretário concluiu a sua apresentação revelando a posição do Estado nacionalmente na área ambiental. “Estamos entre os cinco únicos Estados do Brasil a adentrar no Inventário Florestal Brasileiro. Diante da realização do Diagnóstico Florestal de Sergipe, produção da Fundação Araripe, através de contratação da Semarh, alcançamos essa oportunidade. O inventário será feito, e quando concluído, saberemos quanto de cada espécie temos, um leque de informação sobre as florestas de Sergipe nos será fornecido. Será um legado para o Estado”, comemora.
Com a realização do Diagnóstico Florestal, foi possível verificar diversificadas informações. “A título de fluxo e consumo, 67% da população do Estado utiliza lenha em fornos, seja para utilização doméstica ou comercial. Já o Estado de Sergipe possui apenas 13% de cobertura vegetal”, revela.
“Quando o governo precisar utilizar determinada área, o fará com conhecimento de dados sobre a vegetação e não intuitivamente”, justifica a precisão das informações fornecidas pelo diagnostico.
Para o coordenador do Centro Acadêmico Livre de Biologia da UFS, Leonardo Silva Santos, a palestra do secretário positiva. “Ele proporcionou o conhecimento das ações e serviços em prol da Mata Atlântica. Temos conhecimento das Unidades de Conservação criadas pelo Governo do Estado para proteção da biodiversidade. Hoje queríamos sentir como anda o trabalho efetivamente realizado”, disse.
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