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Em sessão especial realizada na tarde desta segunda-feira, 24, a Assembleia Legislativa entregou o título de cidadão sergipano ao diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural e secretário substituto de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Argileu Martins da Silva, em sessão presidida pelo deputado estadual Ulices Andrade (PDT). O deputado estadual Mardoqueu Bodano (PRB) foi o autor do projeto de resolução que concedeu a honraria. A propositura, segundo o parlamentar, foi uma forma de agradecer pelos relevantes serviços prestados a Sergipe por Argileu, através de seu trabalho no MDA. “Seja bem vindo a Sergipe como um filho desta amada e bem acolhedora terra”, disse.

Durante o discurso de saudação ao homenageado, o deputado Mardoqueu Bodano destacou o envolvimento do homenageado com as questões da agricultura em relação ao nosso estado. “Seu envolvimento está na área das liberações dos recursos para os serviços de assistência técnica e extensão rural para a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), no montante de R$ 23.243.346,82, valor que possibilitou a modernização daquela instituição, inclusive para a aquisição de 304 veículos e 343 computadores”, informou. O parlamentar disse ainda que, no MDA, Argileu Martins tem trabalhado incansavelmente pela liberação de créditos, sendo previsto para este ano o montante de R$ 55 milhões.

Em seu discurso, Argileu disse se sentir não envaidecido, mas lisonjeado por receber uma honraria tão grande da Assembleia Legislativa de Sergipe. “Entendo que nós temos sempre a oportunidade de contribuir para o bem estar da sociedade e para a melhoria das condições de vida da população tanto rural quanto urbana. Muitas vezes isso depende de nós, das nossas decisões, das nossas atitudes. E aprouve a Deus fazer que na minha carreira profissional eu embrenhasse pelo caminho da agricultura e nela fizesse a opção em trabalhar na agricultura aparentemente mais pobre, mas a agricultura que produz, que é a familiar”, disse, destacando a importância dela para a economia de Sergipe e do país como um todo.

Ele comentou que quando se deparou no atual governo com o secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana; e o diretor-presidente da Emdagro, Jeferson Feitosa; além do apoio recebido pelos parlamentares, percebeu que investir em serviços que trabalhassem e estruturassem a agricultura familiar sergipana era investir na vida, na segurança alimentar e possibilitar geração de renda e empregos de forma desconcentrada. “E ao me deparar com a proposta de trabalho da equipe de Sergipe e lideranças sindicais, acreditei que era possível construir no estado algumas referências, e que investindo no povo sergipano e nesse segmento toda sociedade estaria se beneficiando. Assim o fizemos”, afirmou.

Argileu destacou parcerias que foram feitas com a Emdagro, Seagri e com a Assembleia. “Iniciamos um processo de contribuição para a reestruturação da Emdagro. Mas o mais importante é imaginar que mais de 92% dos estabelecimentos agrícolas deste estado são de agricultura familiar. É importante imaginar que 94% de todo o feijão de Sergipe é produzido pela agricultura familiar, bem como 94% de todo milho, que se transforma num conjunto de iguarias, é também produzido na agricultura familiar, assim como 65% do leite e quase 100% da mandioca”, relatou.

Ele disse que cada 100 hectares da agricultura familiar de Sergipe gera 32 empregos. “Eu não conheço nenhuma indústria ou serviço com essa capacidade gerador. Issoé possível com a agricultura familiar. Os números mostram de forma clara essa situação”. Argileu acrescentou que mesmo assim ainda é possível melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares, basta para isso investir em serviços estratégicos para que o conjunto de políticas públicas no setor.

“Talvez não mereça esta homenagem, mas aprendi que política e relações se constroem com gestos. É por isso que diante dos gestos que fizemos ao Estado de Sergipe muito me honra este título e certamente é porque as pessoas que aqui moram são dignas e têm um potencial de fazer com que Sergipe se destaque no cenário nacional.  Agora com a responsabilidade maior continuarei trabalhando num parceria inteligente com as lideranças políticas e administrativas daqui, de modo que Sergipe seja um estado cada vez melhor para se viver, com homens e mulheres melhores, que produzam e não deixam de ter sonhos de uma vida melhor”, finalizou.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ulices Andrade também destacou a importância da homenagem a Argileu Martins. Ele lembrou que, nos últimos 18 meses, segundo levantamento do Departamento Sindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), das 17 capitais brasileiras pesquisadas, Aracaju tem a cesta básica mais barata. “Nós sabemos que o pequeno agricultor tem uma função extremamente importante nesses dados e o senhor é o elo de ligação entre o Governo do Estado e o MDA”, disse, acrescentando que com a entrega do título a Assembleia Legislativa lhe presta uma justa homenagem.

Para o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, o título é um reconhecimento pela boa vontade que Argileu tem para com o Estado de Sergipe. “Nós conseguimos, através de alguns deputados, o título de cidadão para ele. A Assembleia aprovou por unanimidade essa concessão do título e, apesar de Argileu não ser sergipano mas mineiro de origem, está em Brasília trabalhando no MDA há sete anos e demonstra a sua grande boa vontade com o Estado de Sergipe. Para se ter uma ideia, nesses três anos e meio, nós já conseguimos mais de R$ 20 milhões para a Emdagro, ou seja, para o fortalecimento institucional e o desenvolvimento das ações que chegam para a agricultura familiar, que é o principal foco”, afirma.

Jefferson completa estendendo suas homenagens aos demais membros do Ministério que, como o Argileu, também demonstram carinho por Sergipe. “Não só ele como o secretário de Agricultura Familiar, o Adoniran Sanches, bem como o próprio ministro do Desenvolvimento Agrário reconhecem que o Estado de Sergipe avançou muito na agricultura familiar e, por avançar muito, é que nós devemos à boa vontade deles”, conclui o presidente.

Palestra

Pela manhã, no auditório da Emdagro, e nas presenças do secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana, do Superintendente da Codevasf, Antônio Viana, do secretário da Agricultura Familiar em Sergipe, Sérgio Santana, do superintendente da Delegacia Regional da Agricultura, Augusto César Viana, técnicos e diretores da Emdagro e Cohidro, o homenageado proferiu palestra sobre a Lei Geral de Ater, sancionada pelo Governo Federal em janeiro deste ano, cuja finalidade é instituir a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pnater).

Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, Argileu Martins da Silva, “a Lei de Ater vem permitir a reestruturação das empresas de assistência técnica e extensão rural de todo o país, o que beneficiará agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos indígenas, remanescentes de quilombos e demais comunidades tradicionais, como silvicultores, agricultores, extrativistas e pescadores”, define.

De acordo com a lei, os pontos previstos são a ampliação de oferta e prestação de serviço de Ater; a Criação do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pronater); a implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar (Pnater) e; redução da burocracia para liberação de recursos destinados à extensão rural.

“Ou seja, é uma grande conquista de todos os agricultores e dos extensionistas de todo o Brasil inteiro, porque ela trás para nós algumas vantagens muito bem definidas, primeiro que a lei nos possibilita agora, daqui para frente, ter orçamentos e recursos para o apoio às atividades de ‘ater’ nos estados brasileiros. Segundo, ela nos garante a institucionalidade da Pnater, uma política que desde 2003 está sendo implementada por todos. E em terceiro lugar, a lei vai nos permitir qualificar as ações de assistência técnica. Daqui para frente, as ações do MDA na área de extensão rural vão ser muito mais focadas em função daquilo que o agricultor realmente carece, daquilo que ele realmente precisa, necessita da extensão rural”, esclarece Argileu.

Histórico

O homenageado é natural do município de Jequitinhonha, no Estado de Minas Gerais. Nascido em 22 de maio de 1964, é filho de José Martins da Silva e Urcina Alves da Silva. Casado com Clélia Ramos Jardim da Silva, tem três filhos: Esdras Lucas Ramos Martins, Eber Filipe Ramos Martins e Éster Louise Ramos Martins.

A formação escolar fundamental ocorreu na Escola Estadual Epaminondas Ramos, em Jequitinhonha. O ensino médio como técnico em agropecuária cursou na Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário, da Universidade Federal de Viçosa (MG). Formou-se em Ciências Sociais na Fundação Educacional do Nordeste Mineiro e se pós-graduou em Educação Rural Profissionalizante de agricultores, na Escola Superior de Agricultura de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Durante sua trajetória profissional, ocupou o cargo de diretor da Emater, em Minas Gerais; secretário executivo e coordenador técnico do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), também em Minas; coordenador regional da Emater; secretário municipal de Planejamento na Prefeitura de Itinga, supervisor local da Emater, chefe de gabinete da Prefeitura de Virgem da Lapa e  descensionista de campo da Emater, todos em Minas Gerais; além de membro do conselho assessor externo da Embrapa Gado de Leite, dos conselhos de administração da Agraer (MS), Emater (RN), IPA de Pernambuco e Emater de Minas Gerais.

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