Secretário destaca políticas industrial e de CT & I durante Fórum sobre Petróleo

Dando continuidade à programação do III Fórum de Desenvolvimento dos Municípios Petrolíferos de Sergipe, evento organizado pelo Governo de Sergipe em parceria com o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo, Jorge Santana, proferiu uma palestra na tarde desta quarta-feira, 28, no auditório do Hotel Parque dos Coqueiros, sobre os ‘Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento no Estado de Sergipe’.

Em sua apresentação, ele destacou o desempenho da economia sergipana em relação à região Nordeste e ao restante do país, além de salientar o aumento no número de empregos criados no estado a partir de 2007. “Desde o início do Governo temos alcançados índices bastante expressivos no que diz respeito à criação de postos de trabalho. Os números divulgados pelos institutos de pesquisa nos animam e mostram que a nossa economia tem uma dinâmica própria”, frisou Jorge Santana.

O secretário ressaltou ainda o aumento nos investimentos realizados pelo Estado, sobretudo em infraestrutura, e o papel desempenhado pela administração estadual no enfrentamento à crise econômica.

Ações

Um dos principais assuntos abordados durante a palestra foi o conjunto de políticas adotadas pelo Governo para promover o desenvolvimento econômico sergipano. Entre os pontos destacados por Jorge Santana estavam o investimento em qualificação profissional (ampliação do ensino profissionalizante, técnico e superior, além da melhoria do ensino fundamental e da criação dos Centros Vocacionais Tecnológicos) e o incentivo à inovação tecnológica e à modernização (com a retomada dos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação e a implantação do Parque Tecnológico de Sergipe).

Sobre esse último tema, o secretário apresentou números que comprovam o compromisso do Governo do Estado com o setor de ciência e tecnologia. Somente em 2009, foram investidos mais de R$ 31 milhões na área, através de financiamento de projetos de pesquisas, concessões de bolsas e auxílio à divulgação de eventos.

“A visão de uma economia moderna passa pelo investimento em capital humano e em inovação tecnológica. Estamos em uma região que precisa alcançar um ritmo de crescimento acelerado. Para que isso seja possível, o Estado desempenha um papel fundamental, realizando investimentos e auxiliando o setor privado”, pontuou.

Editais

Para viabilizar esses investimentos, o Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec), abriu dois editais. O primeiro deles, o Programa de Pesquisadores nas Empresas Recursos Humanos na Empresa – (RHAE), pretende apoiar atividades de pesquisa tecnológica e de inovação, mediante concessão de bolsas para projetos que visem à inserção de mestres e doutores em empresas. Nessa modalidade será investido R$ 1,5 milhão, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O segundo, o Programa de Apoio à Pesquisa em Pequenas Empresas (PAPPE), pretende financiar atividades de pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos executados por pesquisadores trabalhando em – ou em estreita colaboração com – empresas baseadas em tecnologia. Para esses projetos serão destinados R$ 2 milhões, oriundos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Outra iniciativa para o setor é a criação dos Centros de Vocação Tecnológica (CVT), que consistem em espaços voltados à oferta de cursos profissionalizantes e serviços tecnológicos para a transferência de conhecimentos, possibilitando a melhoria dos processos produtivos. Os Centros levam em consideração a vocação do território, atuando em articulação com órgãos públicos, trabalhadores, empresas e entidades da sociedade civil organizada. A principal finalidade do CVT é fortalecer os sistemas locais e regionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), estimulando ainda a experimentação científica.

Política industrial

Finalizando a apresentação, o secretário ressaltou o papel desempenhado pela política industrial sergipana, fundamentada no adensamento das principais cadeias produtivas lideradas pela indústria. Desde janeiro de 2007, foram implantados 41 novos empreendimentos incentivados pelo governo, com compromisso de geração de 4 mil novos empregos diretos. Atualmente, estão em implantação 15 novas indústrias e cerca de 50 projetos tramitam em diferentes estágios.

“Temos colocado em prática políticas especiais para atender a setores específicos, mas também a importantes empreendimentos de áreas mais tradicionais, como a têxtil. O Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), garante a concessão de incentivos de naturezas fiscal e locacional para as empresas, o que nos permitiu atrair empreendimentos de pequeno porte e com capital sergipano, além de fábricas de maior porte e de marcas nacionais”, concluiu Jorge Santana.