Secretário avalia exportações de Sergipe no Encomex
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Jorge Santana, abriu os trabalhos do 117° Encomex, o Encontro de Comércio Exterior, nesta terça-feira, 5, no Centro de Convenções, ao participar do primeiro painel sobre as políticas e ações de Comércio Exterior implementadas pelo Governo de Sergipe. O secretário fez um breve relato sobre o setor de exportação nos anos de 2005 e 2006, comparando-o à evolução observada neste primeiro quadrimestre do ano.
Segundo o secretário, faz parte da política do atual Governo ajudar aos pequenos e micro empresários na sua inserção no comércio exterior, elevando a participação de Sergipe nas exportações do Nordeste e do Brasil. "O Comércio Exterior é fundamental não só porque gera emprego e renda, mas porque proporciona a aproximação das empresas sergipanas com clientes, compradores internacionais, e isso reflete na competitividade e na qualidade das empresas, elevando o nível de seu produto", enfatizou, ao observar que o Governo do Estado quer uma política comercial ativa e não reativa, mostrando que sozinho não gera resultados e sim através de parcerias.
De acordo com o secretário Jorge Santana, essa política de comércio exterior é parte de uma política de desenvolvimento econômico e tem um eixo nítido de inserção pela renda, estabelecido pelo governador Marcelo Déda. "Nesse contexto, temos as áreas da Ciência, Tecnologia e Inovação como elementos fundamentais para elevarem a competitividade das empresas. Não é por acaso que ciência e tecnologia estão juntas com desenvolvimento econômico, numa mesma pasta", observou o secretário ao destacar que no programa do governo existe a ênfase no fortalecimento do pequeno negócio. "Ele é trabalhado pelo Governo de forma organizada, através da instalação de um núcleo estadual de Arranjos Produtivos Locais, respeitando as potencialidades locais e praticando o desenvolvimento territorializado".
Números em Sergipe
Durante a apresentação, Jorge Santana observou que no ano de 2005 as exportações no Estado representaram 0,66% das exportações do Nordeste. "Já em 2006 houve um pequeno crescimento, representando 0,75% no comércio exterior da região". Segundo ele, Sergipe está saindo da posição de menor relevância no contexto da região. "Devemos ultrapassar a barreira dos US$ 100 milhões em exportações, caminhando para nos aproximar dos estados de portes semelhantes, como a Paraíba e o Rio Grande do Norte", ressaltou Jorge Santana.
Segundo o secretário, nos últimos anos não houve mudança significativa na pauta de exportações. Os novos produtos que surgiram no mercado ainda têm pouca expressão no comércio exterior, a exemplo do material elétrico e da construção naval. "A pauta continua concentrada, esse é um primeiro grande desafio. A quase totalidade das exportações ainda está representada por produtos manufaturados e outro desafio é diversificar essa pauta, procurando atingir outros segmentos produtivos e incorporando um universo maior de empresas", observou.
"Esse ano os números são animadores, pois já no primeiro quadrimestre temos um volume de exportações de US$ 54 milhões e de importações US$ 52 milhões", destacou Jorge Santana, ao avaliar que o volume de exportações do primeiro quadrimestre equivale a quase 70% do total exportado em 2006. "Isso nos permite uma projeção de US$ 100 milhões em exportação para 2007, superando folgadamente o ano anterior", analisou.
Para ele, em Sergipe há grandes empresas exportadoras. "Juntas elas respondem por 87,26% das exportações de Sergipe produzindo concentrados de suco laranja, o primeiro produto mais exportado no Estado, seguido pelo cimento", destacou Jorge Santana.
Segundo ele, um levantamento feito pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostrou que entre 2005 e 2006, a participação do segmento de micro e pequenas empresas recuou de 51,6% para 45,8%. "Isso significa um dado ruim que precisa ser revertido e é importante frisar que a inserção desse segmento é extremamente relevante e é o caminho para reduzir a concentração da exportação nas grandes empresas", enfatizou Jorge Santana.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Secretário avalia exportações de Sergipe no Encomex – Foto: Jairo Andrade/Sedetec