Secretária participa de abertura de exposição no Museu Histórico de Sergipe
Por Monique de Sá, da Ascom/Secult
Uma aula rica da atual história sergipana. É assim que pode ser definida a exposição temporária do Memorial de Sergipe da Universidade Tiradentes: ‘Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade’, lançada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através do Museu Histórico de Sergipe (MHS), na manhã da última sexta-feira, 21.
A exposição foca na visibilidade do mais novo Patrimônio Cultural da Humanidade e foi pensada ainda no ano passado – quando Sergipe recebeu o título da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A ação marca o 24 de outubro – data em que se comemora o Dia da Sergipanidade.
Presente na abertura da exposição montada no MHS, a gestora de Cultura do Estado, Eloísa Galdino, explicou para os alunos da Escola Lar Imaculada Conceição (Elic), acerca da importância da preservação da Praça São Francisco, assim como do orgulho que aquelas crianças deveriam sentir em relação à sergipanidade.
“A Praça tem uma relação com a vida de todos nós sergipanos. Preservar este lugar é um dever de todos nós. Por isso, é importante que nós tenhamos orgulho não só desse bem cultural, mas do teatro que se produz em Sergipe, da música, etc. E que quando nós falarmos com nossos vizinhos [pessoas de outros estados], que tenhamos orgulho em dizer: eu sou do menor Estado brasileiro e faço parte deste que é um dos bens culturais do Brasil”, explanou Eloísa.
Além da exposição, o público presente contou com a palestra das historiadoras Juliana Nascimento e Kleckstane Farias, do Memorial de Sergipe e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/SE), respectivamente. O evento foi marco, também, da entrega do diploma de Patrimônio Cultural da Humanidade pela secretária Eloísa Galdino ao diretor do MHS, Thiago Fragata.
Segundo Thiago, é imprescindível que a questão da sergipanidade seja trabalhada com crianças, por isso frequentemente a unidade museal desenvolve ações educativas para chamar a atenção desse público mirim. “É importante que o público dessa faixa etária possa incutir a questão da sergipanidade. Nós moramos nesta cidade que a é a quarta mais antiga do Brasil e a primeira capital sergipana. Esses títulos justificam o deslocamento de qualquer sergipano para conhecer esta cidade que é Patrimônio Cultural da Humanidade”, frisou.
Exposição e historicidade
Esta é a primeira vez que a exposição sobre a Praça São Francisco do Memorial de Sergipe sai da capital e chega até o interior. Devido ao seu sucesso, ela foi adaptada para ser itinerante e conta com cinco painéis com textos e fotos. Uma particularidade desta mostra é um painel específico com a lista dos 18 Patrimônios Culturais Brasileiros.
Para Eloísa Galdino, este é um momento importante para os museus, pois exposições itinerantes acabam por trazer vida a esses espaços. “Já conhecia essa exposição feita pelo Memorial e fico feliz pela itinerância dela, pois dá acesso à população e vai para outros municípios. É um momento importante que dialoga com essa nova maneira de tratar os museus, dando vida e trazendo as crianças para que elas entendam um pouco desse processo e, nesse caso, esse processo tão rico que foi a conquista do título de Patrimônio Cultural”, dialogou a gestora.
Já a diretora do Memorial de Sergipe, Fabiana Carnevalle, ressaltou que a data mais propícia para o MHS receber esta exposição seria o dia em que se comemora a sergipanidade. “É fundamental que a gente trabalhe com essas crianças o espírito da sergipanidade. Por isso, nada mais propício do que trazer esta exposição nesse momento. Começar a itinerância pela cidade de São Cristóvão é essencial”, disse.
Público mirim
Cerca de 40 alunos da Escola Lar Imaculada Conceição (Elic) participaram da homenagem feita pelo MHS ao Dia da Sergipanidade. Concentrados, os meninos e meninas se encantaram com uma aula interativa sobre sua história e cultura.
“Hoje, eu aprendi que o museu não é só um lugar onde ficam as coisas velhas. Aqui é o lugar onde eu posso aprender a minha história. Adorei passar essa manhã com meus colegas e ver as fotos da Praça São Francisco”, narrou a aluna Vanessa Souza, de 9 anos.
Para Willams Correia, de 10 anos, ir ao MHS é ter uma aula viva de história da sua cidade. “Tenho orgulho de ser de São Cristóvão, porque é aqui que fica a Praça São Francisco e hoje eu aprendi que ela é Patrimônio da Humanidade, que é um título muito importante para o mundo”, contou o menino.
A homenagem é uma realização da Secult, através do MHS e conta com a parceria do Memorial de Sergipe/Unit, Casa do Iphan/São Cristóvão, Grupo Cultural Peneirou Xerém e Rotary Club São Cristóvão. Estiveram presentes no evento o reitor da Unit, Jouberto Uchôa; a coordenadora de Museus da Secult, Sayonara Viana; o secretário de Planejamento e Orçamento de São Cristóvão, Paulo Roberto Santos; a artista plástica, Vesta Viana; e adolescentes do projeto Mídia Jovem do Instituto Recriando.
De acordo com o diretor do MHS, a exposição ‘Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade’, ficará montada no MHS até a segunda semana de novembro. Caso escolas ou instituições queiram agendar uma data com a unidade museal, basta ligar para 3261-1435. “É importante lembrar que instituições públicas e sociais são isentas de taxas”, avisou Thiago.
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