Secretaria intervém e consegue controlar rebelião no presídio de Glória
A Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejuc) informa que, em virtude dos recentes protestos realizados no Presídio Regional Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória, vem a público esclarecer a sociedade sergipana sobre todos os fatos ocorridos desde as 6h desta terça-feira, 15.
Logo depois de iniciada, a Sejuc tomou as ações cabíveis para controlar a rebelião. Após a negociação, que durou cerca de cinco horas, os detentos soltaram os reféns e manifestaram as principais causas que motivaram os protestos. Em negociação com o juiz da Vara de Execuções Criminais, Glauber Rebouças, os presos pediram mais agilidade na análise de seus processos, já que, segundo eles, alguns dos internos que se encontram no Preslen já poderiam ser atendidos pela progressão de pena.
Também durante o processo de negociação, os detentos alegaram que não há nenhum tipo de ação que busque garantir a liberdade condicional, que em determinados casos, já poderia ser usufruída por alguns internos. O direito é previsto em lei, mas as modificações nas penas cumpridas pelos presos devem ser decisões oriundas do Judiciário, respaldada em análises feitas pelo Conselho Penitenciário Estadual.
Em ambos os pleitos que motivaram a rebelião, fica claro que a culpa não é da Sejuc, mas sim da morosidade na apreciação dos processos por parte do Poder Judiciário. Por outro lado, a Secretaria reitera o seu compromisso com a total seriedade com que vem sendo gerido o sistema penitenciário sergipano, destacando ainda que, no próximo de 21 de setembro, o Conselho Nacional de Justiça realiza o Mutirão Carcerário de Sergipe. Na oportunidade, serão analisados os processos de todos os detentos do estado, contribuindo decisivamente para amenizar a tensão existente nas unidades prisionais.
Histórico
Após a entrada dos servidores vinculados à Sejuc na unidade prisional, para preparar o café da manhã dos detentos, houve uma ação rápida, porém não violenta, dos presos e que resultou no domínio de dois guardas prisionais. Imediatamente, a direção do presídio e o Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) tomaram as devidas precauções, isolando a área em que o problema acontecia e que no momento era ocupada por 135 presos, caracterizando uma situação de rebelião.
As negociações foram iniciadas para garantir a integridade física dos reféns. Além disso, foram acionados o Comando de Operações Especiais e o Grupamento Tático Aéreo, ambos da Polícia Militar, para que a segurança no local fosse mantida. Após as conversas iniciais, os presos pediram a presença de órgãos da imprensa e do Juiz da Vara de Execuções Criminais, Glauber Rebouça, no local. As conversas prosseguiram, comandadas pelo negociador da Polícia Militar e pelo diretor do Desipe, Manuel Lúcio Neto, e, por volta da 11h os dois reféns foram soltos.
A Polícia realizou uma varredura no local para apreender qualquer tipo de objeto que pudesse ser usado como arma, garantindo a tranquilidade no interior do presídio. O Desipe e a direção da unidade prisional irão promover uma investigação para apurar responsabilidades e já estão oferecendo toda a assistência necessária aos servidores utilizados como feitos reféns.
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