Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres apresenta balanço de ações de 2012

Para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM), o ano de 2012 acabou de forma positiva em relação ao trabalho de interlocução entre órgãos, entidades e sociedade. Durante todo o ano, foram realizadas atividades de conscientização sobre a violência doméstica e esclarecimento sobre a Lei Maria da Penha, que oportunizou mulheres a terem um melhor conhecimento dos seus direitos.

Entre palestras e cursos, a SEPM atingiu um público de aproximadamente 12 mil pessoas durante 2012, sem contar as mulheres beneficiadas pelos programas de autonomia, que junto a outros órgãos e entidades do Estado, foram possíveis ser realizado. Em consequência dessas atividades de conscientização, mobilizadas pela secretaria, o ano passado terminou com 1.151 inquéritos policiais registrados, o que em 2011 marcou 949 inquéritos.

A coordenadora de Ações Temáticas e Enfrentamento à Violência da SEPM, Ana Júlia Souto, destacou aspectos importantes da atuação intersetorial tanto na esfera da prevenção como no atendimento às mulheres vítimas de violência. “Em 2012 buscamos uma maior integração com os vários serviços da Rede de Atendimento na busca de uma real melhoria no atendimento dos serviços. Outro aspecto de relevância foram as campanhas educativas e informativas que o Estado, através das suas Secretarias, articulou em 2012 sob a coordenação da Secretaria de Mulheres”, disse.

Ana Júlia ressaltou sobre as expectativas para esse novo ano. “Em 2013 as ações de enfrentamento à violência contra as mulheres serão intensificadas e buscaremos maior integração entre os órgãos envolvidos”, afirmou.

Delegacia Especial à Mulher

Para a delegada Érika Farias, da Delegacia Especial à Mulher, o aumento dos inquéritos policiais é um bom sinal, pois é possível perceber que a mulher tem estado mais consciente dos seus direitos. A delegada também afirmou sobre a parceria com a SEPM e a importância da secretaria. “Nós fazemos o trabalho da segurança pública, a parte da polícia, enquanto a secretaria faz a interlocução com os demais entes da rede, além de ser responsável pelos eventos de conscientização sobre a Lei Maria da Penha”, afirmou Érika.

Ainda de acordo com Érika, o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da capital sergipana registrou já no início de 2013, 39 boletins de ocorrência e 28 medidas protetivas. Ela esclareceu que desde que a Lei Maria da Penha foi decretada e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, o número de inquéritos policiais só tem crescido.

“Nós observamos que a procura à Delegacia da Mulher tem aumentado, e nós percebemos que isso está acontecendo tanto pela publicidade da Lei Maria da Penha e também pelo trabalho que vem sendo desenvolvido. A mulher está mudando a forma de se enxergar na sociedade, ela está agindo como sujeito de direito, está vendo que tem seus direitos. Temos observado que a mulher está bem mais consciente atualmente”, disse delegada.